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A longa, lacrimosa ou revoltada fila de perdedores com a vitória de Trump

Chorar com uma lavada eleitoral faz parte do jogo; errado é tentar virar o resultado apelando para a violência

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 5 dez 2016, 11h20 - Publicado em 10 nov 2016, 18h29
Estado de choque pós-eleitoral: lágrimas entre o pessoal da Casa Branca quando Obama falava

Estado de choque pós-eleitoral: lágrimas entre o pessoal da Casa Branca quando Obama falava

É curta a lista de ganhadores que acompanharam Donald Trump na arrancada vitoriosa – fora seus eleitores, evidentemente. Já a lista dos que perderam com Hillary Clinton é enorme.

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Começa com Barack Obama, o presidente que personalizou a eleição, dizendo que cada voto em Trump seria um voto contra ele. Ironizou-o como um incompetente em quem os próprios  assessores não confiavam para teclar no Twitter, “imaginem com os códigos nucleares”.

Obama, como praticamente todo o resto da humanidade, não tinha um plano para o caso de vitória de Trump. O site Politico lembrou que ele estava tão certo da continuidade que alugou um casarão com nove quartos a poucas quadras da Casa Branca, onde a família continuaria morando enquanto a filha mais nova, Sasha, terminava a escola.

Na quarta-feira, Obama falou ao país e ao pessoal da Casa Branca, cerca de 150 pessoas ainda em estado de choque pós-eleitoral, algumas delas em prantos. Quem nunca sentiu raiva, frustração ou até vontade de chorar com o resultado de uma eleição?

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A correção um pouco gaguejante com que recebeu Trump foi prova da compostura que a maioria dos americanos  – 54% – aprova. Mesmo quando muitos decidem votar no “outro”.

Não é possível imaginar que Michelle Obama tenha sido menos elegante ao receber Melania Trump. Ainda que tenha ido a um programa de entrevistas especificamente para ridicularizá-la – Melania fez um discurso, certamente não escrito por ela, no qual sem saber plagiou declarações da própria Michelle.

Todos os institutos de pesquisa deram-se fragorosamente mal e não adianta dizer que Hillary Clinton ganhou no voto popular ou culpar ou “voto envergonhado”. Notável exceção foram as pesquisas feitas em associação entre a Universidade do Sul da Califórnia e o jornal Los Angeles Times, usando uma nova metodologia que precisava ser quase diariamente explicada.

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A imprensa, majoritariamente, foi desmentida pelos fatos. Mas pelo menos agora fará oposição ao governo Trump, o que, de forma geral, costuma fazer bem ao jornalismo.

Só pegou mal, para seu nome e sua história, a manchete ressentida do New York Times. Depois de um dos mais surpreendentes resultados eleitorais de todos os tempos, o jornal fez pirraça: “Democratas, estudantes e aliados estrangeiros enfrentam a realidade de uma presidência Trump”.

Todos os famosos que prometeram mudar para o Canadá se Trump ganhasse serão perdoados. Inclusive Lady Gaga que subiu desconsolada num dos caminhões de lixo colocados como segurança provisória em frente a Trump Tower. O público entende que faz parte do show.

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Mas os protestos contra a eleição de Trump, como vem acontecendo em lugares diferentes dos Estados Unidos, têm mais consequências do que as marchas meio perdidas que saíram pelas ruas de Londres reclamando do voto pelo Brexit.

De sindicatos a organizações como Move.on ou Black Lives Matter, o arco da oposição a Trump será enorme e bem consolidado. No extremo, apareceram pichações dizendo “Kill Trump”. Isso, definitivamente, não é o choro normal dos perdedores.

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