Inflação acelera para 0,38% em abril e vai a 3,69% em 12 meses

Sete dos nove grupos pesquisados registraram alta nos preços, com destaque para saúde e alimentação, mas o índice é o menor para o mês desde 2021

Por Camila Barros Atualizado em 10 Maio 2024, 11h50 - Publicado em 10 Maio 2024, 10h10

Economia - Consumo - Inflação - produtos - Pib — (Reinaldo Canato/VEJA.com)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,38% em abril, acima do 0,16% registrado em março, informou o IBGE nesta sexta-feira, 10. Em 12 meses, o índice acumula alta de 3,69%, abaixo dos 3,93% vistos em março. O índice, contudo, é o menor para o mês desde 2021, quando foi de 0,31%.

Em abril, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços. Os maiores responsáveis pela alta foram os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (+1,16%) e Alimentação e Bebidas (+0,70%). Ambos tiveram impacto de 0,15 ponto percentual (p.p) sobre o índice.

“Saúde e cuidados pessoais foi impactado pela alta de preços dos produtos farmacêuticos, em decorrência do reajuste de até 4,5% autorizado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), a partir de 31 de março”, disse André Almeida, gerente do IPCA, em nota.

No grupo dos alimentos, o mamão (22,76%), a cebola (15,63%), o tomate (14,09%) e o café moído (3,08%) registraram as altas mais expressivas nos preços, fruto da queda na oferta desses produtos em abril. “Fenômenos climáticos ocorridos no fim de 2023 e no começo de 2024 afetaram a produção”, disse André.

Do outro lado, os grupos Artigos de Residência (-0,26%) e Habitação (-0,01%) foram os únicos com variação negativa neste mês. No primeiro, o destaque foi para a diminuição dos preços de computadores e televisores. No segundo, queda no preço da energia elétrica residencial (-0,46%), devido a reajustes tarifários efetuados em Salvador, Aracaju, Rio de Janeiro, Recife, Campo Grande e Fortaleza.