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Negócios, Mercados & Cia
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Picanha e cervejinha deixam de ser prioridade para os brasileiros

Os resultados das eleições confirmam o que o mercado financeiro previa: a economia vai bem e deixou de ser pauta prioritária para os brasileiros

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 out 2022, 19h04 - Publicado em 3 out 2022, 14h35

Líderes do mercado financeiro diziam nos bastidores que a pauta econômica talvez não fosse a maior preocupação do eleitor que foi às urnas neste domingo – contrariando o tom de boa parte da campanha do petista Luiz Inácio Lula da Silva em primeiro turno, que prometeu “picanha e cervejinha” para as camadas menos abonadas no país. O resultado das eleições, com o fortalecimento do bolsonarismo e a vitória de candidatos identificados principalmente pela defesa da chamada pauta de costumes, parece dar razão à avaliação dos banqueiros. “Houve engajamento dos que não querem uma agenda tão progressista (em termos de valores) quanto a defendida pelo PT”, me contou um banqueiro da Faria Lima, centro financeiro de São Paulo.

Mesmo com o desmonte do teto de gastos (a principal âncora fiscal do país) e a desaceleração das reformas prometidas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no curto prazo o que o governo conseguiu entregar não foi pouca coisa em termos eleitorais: queda da inflação (com a possibilidade de três meses seguidos de deflação) e recuperação do mercado trabalho. Os juros continuam em patamar elevado (13,75% ao ano), mas a boa notícia é que pararam de subir – enquanto lá fora os bancos centrais apertam ainda mais a política monetária.

Pouco importa se boa parte desses “ganhos” deve se desmanchar a partir de 2023, porque se sustentam em medidas pontuais, caso do aumento do Auxílio Brasil para R$ 600, que termina agora em dezembro. Ou deve aumentar o desequilíbrio das contas públicas, como a eventual manutenção da desoneração dos preços de combustíveis e energia elétrica.

Nessa toada, prevaleceu, enfim, a pauta de costumes, com o fortalecimento de um Legislativo mais conservador e Jair Bolsonaro ainda mais forte do que nunca na política do país. O que significa, na prática, que uma parcela considerável dos eleitores quer que as meninas usem rosa, e os meninos, azul. E que o ‘posto ipiranga’ siga adiante com sua matemática econômica que lhe é peculiar.

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