'O Urso' põe em xeque o glamour do universo culinário 

CULTURA

O relógio na parede é uma espécie de entidade cruel na cozinha do restaurante The Beef, em Chicago. 

Dividindo um espaço ínfimo e claustrofóbico, os funcionários se acotovelam enquanto observam o avançar dos ponteiros que dita o ritmo intenso do trabalho. 

A comunicação entre eles é feita aos gritos, competindo com o som do tilintar de panelas e talheres, batedeiras e o chiar do óleo quente preparando os alimentos.

‘O Urso’ rompe com o glamour idealizado da gastronomia, dando espaço a uma realidade mais autêntica do que a apresentada pelos populares reality shows culinários. 

Aqui, a cozinha é protagonista, funcionando como um organismo vivo que acolhe e oprime, na mesma intensidade.

Carmy era um chef promissor e comandava um restaurante estrelado em Nova York. Isso até seu irmão se matar e deixar no testamento o The Beef aos seus cuidados. 

Fora da zona de conforto, o chef precisa aprender a comandar uma equipe que, assim como ele, enfrenta o luto pela perda repentina de seu “comandante”. 

À medida que a série avança, fica claro que a reconstrução do estabelecimento é também um modo de lidar com as feridas do passado.

veja.abril.com.br/cultura/

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