O sentimento de não estar à altura das funções desempenhadas afeta principalmente as mulheres
A síndrome do impostor é caracterizada pelo conjunto de sintomas psicológicos associados ao sentimento de incapacidade, sobretudo nos ambientes acadêmico e profissional.
Afeta mais as mulheres do que os homens. Por terem entrado depois no mercado de trabalho e lidarem com notórias desigualdades de tratamento, elas encaram com insegurança os avanços na carreira.
“As mulheres ainda são vistas como o sexo frágil, a quem cabe ser mãe e cuidar da casa porque são incapazes de cumprir obrigações profissionais”, diz a psicanalista Edoarda Paron.
O sentimento espalha-se por diferentes profissões e classes sociais. Ele não impede que a mulher se desenvolva, mas envolve o processo em doses exageradas de dor e dúvidas.
A síndrome atinge até mulheres de prestígio reconhecido mundialmente, como a ex-primeira-dama americana Michelle Obama e as atrizes Meryl Streep, Kate Winslet e Emma Watson.
“Fico pensando: por que alguém vai querer me ver de novo em um filme? Além disso, não sei atuar, então por que continuo fazendo isso?”, afirmou, certa vez, Meryl Streep.
Foto: Steve Granitz/WireImage
Um estudo realizado pela Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, mostrou que 70% das entrevistadas, todas executivas influentes, se sentem “uma fraude”.
Se não for tratado, em geral com terapia, o distúrbio pode desencadear ansiedade e depressão. Já as empresas também precisam fazer sua parte, valorizando a contribuição feminina.
veja.abril.com.br/saude/
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