Em um galpão descolado em Roma, dez jovens de 20 e poucos anos aguardam uma visita ilustre: ninguém menos do que o papa Francisco segue ao encontro deles.
A reunião que conduz o documentário Amém: Perguntando ao Papa (Espanha, 2023), terá momentos descontraídos saborosos, mas não deixará de passar por temas espinhosos.
Afinal, trata-se de uma juventude que não se acanha em falar o que pensa, seja no Twitter ou diante do líder da Igreja Católica.
Francisco ouve todos com paciência, em um exercício que atesta seu desejo de diminuir o largo abismo que só vem crescendo entre a fé católica e os jovens de hoje.
A semente do filme surgiu em 2019, após uma entrevista do papa para o jornalista Jordi Évole para o canal de TV espanhol laSexta.
A conversa repercutiu pelo mundo ao trazer assuntos delicados à mesa, como aborto, direitos LGBTQIA+, abusos dentro da Igreja e a crise migratória na Europa.
Segundo Marius Sánchez, também diretor do documentário, Francisco só fez uma exigência em relação aos jovens que seriam escolhidos: que falassem espanhol — língua materna do papa argentino.
“Para nossa surpresa, ele não fez nenhuma objeção nem barrou qualquer assunto. Quando viu o filme, disse que gostou muito”, afirmou Sánchez a VEJA.
veja.abril.com.br/cultura/
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