Um estudo da Universidade Riverside da Califórnia descobriu que a exposição dérmica a concentrações de nicotina encontradas no cigarro comum e no eletrônico pode causar sérios danos à pele.
A exposição dérmica acontece, no cigarro comum, por conta do THS, resíduo do fumo criado pela fumaça da ponta dos cigarros acesos, que se instala em superfícies como roupas, cabelos, móveis e carros.
Já nos cigarros eletrônicos, diz respeito aos derramamentos de e-líquido que podem ocorrer com vazamento ou com a mistura de e-líquidos para cigarros eletrônicos recarregáveis.
O estudo foi realizado usando EpiDermTM, um modelo 3D da epiderme humana, e queratinócitos cultivados, células epidérmicas que produzem queratina, proteína encontrada no cabelo e nas unhas
O contato dérmico com a nicotina pode prejudicar a cicatrização de feridas, aumentar infecções da pele pela diminuição da resposta imune e causar estresse oxidativo nas células da pele.
De acordo com o estudo, os indivíduos mais suscetíveis são aqueles com problemas de pele, como úlceras relacionadas ao diabetes ou úlceras arteriais.
Vale lembrar que crianças e bebês, que tendem a engatinhar em superfícies contaminadas ou têm contato frequente com superfícies internas, são suscetíveis à alta exposição dérmica por meses e até anos.
Felizmente, as alterações na pele de pessoas expostas à nicotina por 24 horas são reversíveis. Assim, a gravidade vai variar de acordo com a duração da exposição e com a concentração de nicotina.
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