Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Xiitas e sunitas: a divisão milenar por trás do conflito entre EUA e Irã

Essa divergência vem dos tempos de Maomé, no século 7, e até hoje pode ser vista com clareza no Oriente Médio

Por Da Redação Atualizado em 13 jan 2020, 18h03 - Publicado em 10 jan 2020, 20h15

Por trás do conflito entre os Estados Unidos e o Irã existe uma divisão insuperável no mundo islâmico. Sunitas não se bicam com xiitas. Essa divergência vem dos tempos de Maomé, no século 7, e até hoje pode ser vista com clareza no Oriente Médio. As duas vertentes têm como principais polos o Irã, que é xiita, e a Arábia Saudita, sunita. Desde a Revolução Islâmica de 1979, o Irã se tornou uma república teocrática xiita.

Ao longo das últimas quatro décadas, o país investiu gradualmente em um projeto de hegemonia no Oriente Médio. Focaram no desenvolvimento da tecnologia nuclear e de lançamento de mísseis. O alarme soou especialmente nos potenciais alvos – Israel e na sunita Arábia Saudita – que são os aliados mais poderosos dos Estados Unidos na região. Há de se lembrar que os líderes iranianos, os aiatolás, jamais reconheceram o Estado de Israel e ainda hoje expressam dúvidas sobre o Holocausto judaico. Também é preciso recordar que, no Oriente Médio, apenas um país já terá pronta uma bomba atômica para disparar. Esse país é Israel.

Na última década, com o avanço do Estado Islâmico, que é sunita, na Síria e no Iraque, não só os Estados Unidos entraram nessa guerra. O Irã também foi de extrema importância para a derrota desses extremistas. Em paralelo, os aiatolás expandiram sua presença não só em terreno sírio e iraquiano, como também no Iêmen e no Líbano por meio de seu apoio a milícias e grupos rebeldes xiitas locais. Os Estados Unidos, alarmados, passaram a engrossar sua presença militar no terreno dos sauditas e de outros países sunitas, como os Emirados Árabes, o Catar, a Jordânia. Mas também no Iraque, onde a maioria da população é xiita e o governo é apoiado pelo Irã. No calor dos ataques entre Estados Unidos e Irã, o risco maior não está só na paz no Oriente Médio, mas em um faixa mais abrangente do mundo. O Irã tem apoio da Rússia e da China e recebeu um sinal positivo nesta semana da Turquia. A Europa, cuja parte leste até poderia ser alvo dos mísseis iranianos, foi quem mais trabalhou pelo “deixa disso”.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.