Brasil vai começar a testar vacina de Oxford contra coronavírus
As análises contarão com voluntários soronegativos, ou seja, que não entraram em contato com a doença
A vacina para Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, será testada em brasileiros. A análise terá apoio do Ministério da Saúde e começa ainda neste mês. Serão 2.000 voluntários ao todo, no Rio de Janeiro e em São Paulo. O Brasil fará parte do plano global de desenvolvimento da vacina e é o primeiro país, fora o Reino Unido, a ter acesso ao antídoto. O procedimento foi aprovado pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na noite da última terça-feira, 2.
Em São Paulo, os estudos serão comandados pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). A infraestrutura médica e de equipamentos será financiada pela Fundação Lemann. O país foi escolhido justamente por ainda enfrentar um momento de aceleração da pandemia, o que os especialistas chamam de curva de casos “ascendente”. Outras nações também devem participar do trabalho de testagem da vacina. Os resultados serão fundamentais para que o antídoto consiga o registro oficial, previsto para o final deste ano.
Em coletiva de imprensa do governo estadual desta quarta-feira, 3, o vice-governador Rodrigo Garcia afirmou que os casos do novo coronavírus em São Paulo ficarão entre 190.000 e 265.000 até o fim de junho. A estimativa matemática foi realizada por especialistas do Centro de Contingência do Coronavírus, montado por Doria, e leva em consideração a transmissibilidade da doença, entre outros dados epidemiológicos da pandemia. Considerando os números divulgados pela Secretaria de Saúde, onde a marca de casos totais chega a 123.483, a modelagem aponta que, no pior dos cenários, os diagnósticos mais que dobrariam em toda a região, com incremento de 146.705 pessoas infectadas. A pasta da Saúde lembrou que a testagem de pacientes também está em crescimento, o que pode influenciar a medida. Nas últimas 24 horas todo o Estado de São Paulo teve incremento de 252 novas mortes e 5.188 novos casos confirmados.