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Valor do Twitter chega a 26 bilhões de dólares na estreia na Bolsa de Valores de Nova York

Pouco mais de uma hora após início do pregão, papéis já eram cotados a 48 dólares

Por Rafael Sbarai
Atualizado em 10 dez 2018, 11h09 - Publicado em 7 nov 2013, 12h03

* Texto atualizado às 14h04

O Twitter estreou oficialmente no universo financeiro nesta quinta-feira, pontualmente às 12h30 (no horário de Brasília). A companhia – criada em 2006 por Evan Williams, Biz Stone e Jack Dorsey – abriu o pregão da Bolsa de Valores de Nova York com sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês): foram oferecidas 70 milhões de ações, com valor fixado em 26 dólares. A arrecadação inicial foi de cerca de 1,82 bilhão de dólares (4,15 bilhões de reais), elevando o valor do microblog para 14 bilhões de dólares. Pouco mais de uma hora após o início do pregão, os papéis já eram cotados a 48 dólares: o valor de mercado da empresa subiu para 26 bilhões de dólares.

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Para chegar ao mercado de ações, o Twitter adotou uma estratégia diferente daquela usada por outras empresas de tecnologia, que costumam negociar papéis na Nasdaq, o mercado de tecnologia. Nesta, operam, por exemplo, Facebook e Google. A opção pela tradicional Bolsa de Nova York tem explicação: a sequência de problemas técnicos ocorridos na abertura de capital do Facebook na Nasdaq, em maio de 2012. O sistema de negociação dos papéis falhou, fazendo com que ações da empresa só fossem vendidas 30 minutos após a abertura do mercado. Estima-se que as perdas tenham chegado a 500 milhões de dólares.

A chegada do microblog à bolsa era aguardada desde que o Facebook abriu capital, alcançando valor de mercado de 104 bilhões de dólares. As expectativas sobre o desempenho do passarinho azul no mercado de ações são tão grandes quanto as dúvidas.

A seu favor, o Twitter pode ostentar grande penetração no mundo móvel. Mais da metade do faturamento de 2013 da companhia veio de usuários que usam smartphones ou tablets. É uma grande vantagem em relação ao que viveu, por exemplo, o Facebook. A rede de Mark Zuckerberg chegou à bolsa em um momento delicado. À medida que crescia o número de cadastrados acessando a plataforma a partir de dispositivos móveis, a receita da companhia desacelerava. A razão: faltavam formatos de publicidade dedicados às telinhas de smartphones e tablets. O Facebook, então, reagiu. Hoje, os ganhos com publicidade nos aparelhinhos já respondem por metade da renda publicitária.

O grande desafio do Twitter será continuar crescendo. Hoje, a rede conta com 230 milhões de usuários ativos, uma evolução de 15% em dez meses. O número, contudo, ainda não impressiona Wall Street, tampouco a SEC, a autoridade reguladora do mercado financeiro nos Estados Unidos. Nesta quarta-feira, às vésperas do IPO do microblog, a diretora do órgão, Mary Jo White, afirmou que o número de cadastrado de serviços de internet (ela não citou especificamente a rede) não pode ser entendido como garantia de lucro.

Estima-se que a empresa fature 583 milhões de dólares neste ano. A receita provém basicamente de três fontes: tuítes, contas e hashtags (temas em destaque no microblog) – todos patrocinados, ou seja, bancados por anunciantes. Uma matemática simples mostra que cada usuário rende, portanto, 2,53 dólares, cifra superior à obtida pelo rival Facebook: 1,6 dólares por perfil. “O Twitter não precisa ter o tamanho do Facebook para ser relevante”, diz Thiago Domenici, vice-presidente da Confrapar, principal gestora brasileira de fundos de investimento para empresas de tecnologia. Os investidores que foram à Bolsa de Nova York nesta quinta-feira e pagaram pelos papéis do microblog concordam com ele.

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https://storify.com/veja/a-repercuss-o-do-ipo-no-twitter-em-140-caracteres/embed?border=false

Entenda por que uma empresa decide abrir capital:

https://www.youtube.com/watch?v=1xDflhDaKOc

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