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Um terço dos brasileiros fora da internet não tem interesse na rede

Estudo da FGV traça perfil dos internautas brasileiros e aponta desconhecimento, além de problemas de infraestrutura, como entrave à inclusão digital

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2016, 16h13 - Publicado em 17 Maio 2012, 12h59

A maior parcela dos brasileiros que não acessou a internet nos últimos três meses (33,14%) alega não achar necessário ou não ter vontade de navegar. A conclusão está na pesquisa Mapa da Inclusão Digital, da Fundação Getúlio Vargas com a Fundação Telefônica. O segundo motivo, que compreende 31,45% das pessoas, é não saber utilizar a internet. O pesquisador responsável, Marcelo Neri, chama a atenção para esses números. “O principal motivo para o não acesso é a autoexclusão. Isso nos surpreendeu, porque é mais difícil convencer as pessoas a usar. Não é uma questão de custo ou de infraestrutura. O problema é: ‘não quero, não me ensinaram ou não me sinto capaz’. Isso deve servir de alerta para as políticas. Mostra não ser suficiente subsidiar banda larga ou dar computador”, diz Neri.

A terceira motivação para não navegar pela internet (29,79%) é a falta de acesso a um computador. As pessoas que mais responderam não achar necessário ou não querer usar a internet moram em Florianópolis (SC), Rio de Janeiro (RJ) e Campo Grande (MS). Já as que não têm acesso ao computador são, sobretudo, de Rio Branco (AC), Boa Vista (RR) e São Luís (MA). Os que não sabem usar a internet residem principalmente em João Pessoa (PB), Teresina (PI) e Natal (RN).

A pesquisa concluiu que as capitais com os piores índices de desenvolvimento econômico e social do país foram aquelas que responderam não ter acesso ou não saber utilizar a internet. Nas capitais mais desenvolvidas, o principal motivo foi o desinteresse. No que se refere à falta de infraestrutura, Neri acredita ser resultado do isolamento geográfico das áreas, como é o caso de Rio Branco.

Em relação aos estados do sul, sudeste e centro-oeste, 66,48% da população têm computador em casa e 58,69% estão conectados à rede. Na ponta da lista, estão norte e nordeste com 15,16% dos brasileiros com computador e 10,98% com internet. Um olhar para os municípios mostra que São Caetano, em São Paulo, é a cidade com maior acesso a computador (77,62%) e à internet (74,07%). Na lanterna, está São Lourenço do Piauí. Apenas 0,43% tem computador. Há 18 municípios no Brasil sem acesso à internet.

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O levantamento da FGV cruza as idades com os motivos pelos quais não se navegou na internet. A razão dos mais jovens, com exceção das crianças, é a dificuldade de acesso. Os mais velhos alegam não saber usar ou desinteresse. Os dados usados pela pesquisa foram obtidos através do Censo Demográfico, da PNAD e do Gallup World Poll.

No Brasil, 33% das pessoas têm acesso à internet. Esse percentual coloca o país na 63º posição entre os 158 países mapeados pela FGV. O primeiro da lista é a Suécia, com 97% de sua população conectada. Um olhar panorâmico mostra que 21% dos homens apresentam mais chance de conectividade domiciliar do que as mulheres.

Locais de uso- Nos últimos três meses, 46,92% das pessoas usaram a internet em seu domicílio por banda larga. Em seguida, 35,11% usaram em centro público de acesso pago, e 31,03% acessou do trabalho. Apenas 1 a cada 10 utilizam a internet discada.

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