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Tutancâmon, vítima da malária e do incesto

Por Da Redação
19 fev 2010, 21h30

Tutancâmon, o faraó-menino, subiu ao trono com apenas 10 anos e morreu aos 19. Seu curto reinado, entre 1333 a.C. e 1324 a.C., não se conta entre os mais importantes do antigo Egito, mas nenhum outro faraó exerce tanto fascínio na imaginação moderna. O mundo ficou deslumbrado quando, em 1922, arqueólogos ingleses encontraram sua câmara mortuária intacta – e não saqueada através dos séculos, como ocorrera com as tumbas de outros figurões do império egípcio. Lá estavam a múmia de Tutancâmon e todos os objetos depositados junto a ela para ajudar o faraó a atravessar a eternidade: joias, mobiliário, armas, textos religiosos e outros itens de valor inestimável para entender melhor o Egito de 3.300 anos atrás. Agora, um estudo conduzido por pesquisadores do Egito, Itália e Alemanha, divulgado na semana passada pelo Journal of the American Medical Association, esclarece vários mistérios relacionados à vida do próprio Tutancâmon. A pesquisa traz uma série de surpresas.

A equipe analisou a múmia de Tutancâmon e as de outros dez membros da família real encontradas no Vale dos Reis, a 500 quilômetros do Cairo. Foram colhidas amostras de DNA e realizados exames de tomografia dos corpos mumificados. Devido a uma perfuração que a múmia de Tutancâmon apresenta no crânio, tinha-se como hipótese que ele fora assassinado. Nada disso. Os exames de DNA revelaram que o faraó foi vítima do parasita Plasmodium falciparum, agente responsável pela malária tropical, a forma mais letal e virulenta da doença. As tomografias confirmaram que Tutancâmon sofreu uma fratura no fêmur direito, próxima ao joelho, dias antes de sua morte. A conclusão dos cientistas é que uma infecção causada pela fratura colaborou para que o estado de saúde do faraó piorasse e ele não resistisse à malária.

O novo estudo também explica por que Tutancâmon tinha uma série de más-formações, como fenda palatina e doença de Köhler-Freiberg. Na análise do grupo de onze múmias reais, descobriu-se que os pais do faraó menino eram irmãos e que provavelmente o próprio Tutancâmon tenha se casado com uma irmã ou meia-irmã. A fragilidade do faraó talvez tenha sido uma consequência da união consanguínea de seus pais e de outros antepassados. No túmulo, junto ao corpo do faraó, foram encontrados dois fetos mumificados – é possível que sejam seus filhos, também vítimas de uma união consanguínea.

Leia a reportagem completa em VEJA desta semana (na íntegra exclusivo para assinantes).

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