Uma nova terapia intensiva, que conta com o auxílio de um robô, tem ajudado pacientes a recuperarem os movimentos dos braços anos depois de serem vítimas de derrame.
Segundo pesquisadores da Universidade Brown, nos Estados Unidos, a máquina foi utilizada em tratamentos que duraram até três meses. Após a experiência, afirmaram os especialistas, foi notado um grande avanço na recuperação dos voluntários envolvidos na pesquisa.
O estudo, publicado no periódico The New England Journal of Medicine, ressalta a melhora na qualidade de vida dos pacientes submetidos ao tratamento. Especialistas britânicos disseram estar muito animados com os avanços testemunhados pelos cientistas, mas afirmaram que o robô ainda está nos primeiros estágios de desenvolvimento.
O derrame pode deixar pessoas com sequelas graves, que incluem a limitação de movimentos e a fraqueza de membros superiores. Terapias intensivas, iniciadas o quanto antes, são recomendadas no intuito de auxiliar os pacientes em sua recuperação.
A ideia dos cientistas é utilizar o robô no lugar da fisioterapia convencional, a fim de ajudar os pacientes na reprodução de movimentos necessários e rotineiros. O dispositivo testado pela Universidade Brown se chama MIT-Manus e foi especialmente desenvolvido para auxiliar vitimas de derrame em exercícios para os membros superiores.
Os especialistas americanos descreveram o robô como uma “direção hidráulica” para os braços. O estudo envolveu 127 pacientes, que sofreram derrame nos últimos cincos anos.
“Temos mostrado que o tratamento correto pode melhorar os movimentos, as funções rotineiras e, consequentemente, a qualidade de vida desses pacientes”, disse Alberto Lo, médico que liderou a pesquisa.