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‘Queremos que o próximo Steve Jobs seja uma garota’

A ativista americana fala sobre o programa Girls Who Code, que pretende incentivar garotas a se dedicar às carreiras de tecnologia

Por Renata Honorato
30 jul 2012, 08h03

Reshma Saujani, de 35 anos, é uma advogada e ativista americana que sonha com o dia em que uma mulher revolucionará o mundo da tecnologia, segmento dominado pelos homens até agora. “Queremos encorajar garotas a se transformar no próximo Steve Jobs”, diz. É impossível saber se incentivo produzirá outro talento do quilate do criador da Apple – seja ele homem ou mulher -, uma vez que as razões do gênio ainda são desconhecidas. Assim mesmo, Reshma tem se esforçado. Para isso, a ativista de origem indiana, que em 2010 chegou disputar a indicação do Partido Democrata para uma vaga na Câmara dos Representantes (equivalente à dos Deputados no Brasil), criou um programa chamado Girls Who Code (garotas que programam, em tradução literal). O objetivo da iniciativa – que conta com o apoio de gigantes do setor como Google, Twitter e eBay – é incentivar as estudantes americanas do ensino médio a se aventurar pelas áreas de engenharia e ciências da computação: as jovens serão, então, apresentadas a mulheres bem-sucedidas da bilionária indústria de tecnologia americana. Ou seja, o programa quer apresentar novos “modelos” para as garotas que procuram um futuro. Hoje, Reshma trabalha também na campanha à reeleição do presidente Barack Obama. No intervalo de uma de suas tarefas, ela concedeu a seguinte entrevista a VEJA.com.

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Garotas que programam

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Por que a senhora decidiu criar o Girls Who Code? Durante muitos anos, vi garotas de comunidades carentes de Nova York desenvolverem uma verdadeira paixão por tecnologia. Então, quis criar um programa para encorajá-las e ensiná-las as habilidades necessárias para que elas se transformem no próximo Steve Jobs. Nós temos de aumentar o número de mulheres nas carreiras de tecnologia e engenharia. O Girls Who Code foi desenvolvido para inspirar essas garotas.

Quais são suas expectativas para o projeto e quantas pessoas estão envolvidas nesta iniciativa? Temos dezenas de investidores, engenheiros, educadores e parceiros estratégicos envolvidos no conselho.

Por que há poucas mulheres trabalhando no setor de tecnologia? São modelos, ou melhor, a ausência deles. Antes dos 13 anos, garotos e garotas possuem o mesmo interesse em matemática e ciência. Mas, então, alguma coisa acontece: as meninas olham ao redor e não encontram mulheres engenheiras ou empreendedoras do setor de tecnologia. Elas não têm referências e não conseguem se enxergar nesses papéis. Parte do conselho do Girls Who Code é formada por mentoras: o objetivo de todos é mudar esses modelos.

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Qual será o future do Girls Who Code? Estamos ansiosos com o lançamento do programa em Nova York, previsto para este verão (de julho a setembro, no hemisfério Norte). Temos planos de expandir o projeto para outras cidades dos Estados Unidos no ano que vem. Estamos construindo um movimento.

Como foi convencer empresas como Google e Twitter a apoiar a iniciativa? Eles acham importante reduzir o abismo entre o número de profissionais homens e mulheres atuando no setor. Para que essas companhias continuem liderando a criação de produtos inovadores, será preciso contratar mais garotas para que homens e mulheres atuem em favor de um objetivo comum.

Há outras empresas apoiando a iniciativa? Sim. Temos conversado com novos parceiros potenciais todos os dias.

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Na prática, como vai funcionar o projeto? Estamos focados em levar garotas das salas de aula tradicionais para companhias: ali, elas serão expostas a novas experiências e manterão contato com as líderes no setor de tecnologia. O programa dura oito semanas.

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