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Presidente da China quer ainda mais censura na web

Hu Jintao teme que manifestações contra ditaduras árabes se repitam no país

Por Da Redação
22 fev 2011, 13h24

As manifestações no Oriente Médio assustaram o presidente chinês, Hu Jintao, que ordenou nesta segunda-feira que os órgão de governo intensifiquem a censura na internet. Jintao teme que o uso de microblogs e redes sociais facilite a organização de protestos no país, como ocorreu na Tunísia e Egito, por exemplo, levando à derrubada de ditaduras estabelecidas havia décadas.

“Nosso país atravessa uma janela estratégica de desenvolvimento, mas também passa por um período de conflito social intensificado”, disse Jintao, em reunião na Escola Central do Partido Comunista, na região noroeste de Pequim, que serve para treinar os líderes em ascensão. Apesar de não citar explicitamente os protestos que abalam ditaduras do Oriente Médio, Jintao afirmou que as autoridades chinesas precisam tomar as rédeas da “sociedade virtual” no país, que conta com cerca de 450 milhões de usuários.

A declaração foi uma resposta às mensagens que circularam na rede no último domingo, incentivando a organização de protestos na China. “Lançar reformas políticas e por fim à ditadura de partido único, libertar a imprensa para livre circulação de notícias”, sugeria um dos textos que citava a possibilidade de movimentações políticas em treze cidades, incluindo Pequim e Xangai.

O Partido Comunista já exerce uma rigorosa censura na internet. Sites como o Facebook e Twitter estão bloqueados no país. Jintao afirmou que a população deve passar por conflitos sociais mais graves, que testarão a capacidade do partido de manter controle firme.

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Na semana passada, censores chineses iniciaram ações para retirar do ar textos americanos que faziam referência ao tema liberdade na internet. Na última quinta-feira, funcionários do governo se empenharam em bloquear mensagens de microblogs, como o Twitter, com trechos de discurso em que a secretária de estado americana, Hillary Clinton, afirmava que a China enfrenta “o dilema do ditador”, citando a censura na rede e a agitação da opinião pública on-line.

As primeiras mensagens a serem censuradas partiram do embaixador dos EUA na China, Jon Huntsman, que pediu aos chineses que opinassem a respeito do discurso de Hillary. Ele também pediu que os chineses falassem sobre liberdade de expressão na rede.

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