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Porto Seguro cria empresa para acelerar a inovação — dentro e fora de casa

Em três anos, Oxigênio quer impulsionar 40 startups que aceitem o desafio de transformar setores afins aos negócios do grupo. As inscrições estão abertas

Por Da Redação 22 set 2015, 00h02

Gigante em seu segmento, o grupo Porto Seguro se viu, aos 70 anos de idade, diante de um dilema: como ser grande e ágil? Como se concentrar no dia a dia dos negócios sem deixar de lado as novidades tecnológicas? O caminho escolhido foi a criação de outra empresa, um espécie de posto-avançado, que vai operar separadamente do resto do grupo e se dedicar exclusivamente a uma missão: inovar. Nasceu, assim, a Oxigênio Aceleradora.

Na prática, a Oxigênio tem um plano de voo definido para os próximos três anos. Nesse período, deverá selecionar, abrigar e impulsionar 40 startups que proponham transformações em setores afins aos dos negócios do grupo – que inclui serviços como seguros, alarmes monitorados, cartões de crédito, entre outros. “Vamos dar especial atenção a soluções que ofereçam conveniência aos clientes”, diz Italo Flammia, diretor da Oxigênio.

As empresas nascentes que toparem o desafio podem se inscrever até o dia 25 de outubro no site da aceleradora. Devem ter um protótipo da solução a ser avaliada. Cinco companhias serão escolhidas e deverão iniciar em janeiro o processo de aceleração, que segue até junho: três meses correrão na sede da Oxigênio, um espaço de 1.200 metros quadrados com laboratório de tecnologia e auditório, na região central de São Paulo, e os últimos três meses no Vale do Silício, no QG da aceleradora americana Plug and Play, parceira da Oxigênio.

Cada startup selecionada vai receber 50.000 dólares (que saem igualmente dos bolsos da Oxigênio e da Plug and Play), dinheiro a ser usado no desenvolvimento do projeto. É, sem dúvida, uma ajuda fundamental às empresas nascentes, mas talvez não seja a mais importante. Os empreendedores terão acesso a ativos valiosos da Porto Seguro. “Para desenvolver suas soluções, eles poderão acessar nosso mercado, nossos clientes (cerca de 8 milhões), nossa rede de mentores, formada por executivos e colaboradores da companhia, além de outros especialistas de mercado. É essa cadeia de valor que podemos agregar aos projetos”, diz Flammia.

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Toda a trajetória das startups será acompanhada pela Liga Ventures, empresa especializada em conectar startups e grandes empresas. Isso inclui colaboração na seleção das startups, recrutamento de mentores, avaliação da evolução dos projetos e atração de potenciais investidores – no Brasil e nos Estados Unidos. “O grande intuito da aceleração no Vale do Silício é dar aos empreendedores a experiência de conviver em um mercado de inovação mais maduro, onde a competição é mais dura, mas que também possibilita contato com mais investidores”, diz Rogério Tamassia, cofundador e diretor da Liga.

Em troca do investimento, Oxigênio e Plug and Play ficarão, juntos, com 10% do valor das startups na hipótese de venda ou investimento futuro. A cifra é relativamente baixa, o que deve servir como incentivo adicional aos empreendedores. Segundo a Oxigênio, não há intenção em incorporar as startups após a aceleração. “Não queremos ser proprietários das soluções a serem desenvolvidas. O importante é sermos os primeiros a oferecê-las ao mercado. Isso, sim, será um diferencial”, diz Maurício Martinez, gerente da Oxigênio.

A partir da segunda rodada de aceleração, a ser iniciada no segundo semestre de 2016, a Oxigênio deve passar a avaliar também projetos inovadores propostos por colaboradores da Porto Seguro, que registrou lucro líquido de 275 milhões de reais no segundo trimestre deste ano. “É uma forma de incentivar o intraempreendedorismo”, diz Flammia. É também uma maneira de enfatizar a importância de transformar para sobreviver. “A Porto é uma empresa muito baseada em tecnologia. Afinal, nosso produto principal vive no computador.”

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