Philips vai lançar três tablets no Brasil até julho

Em meio a mudança na estratégia, empresa tenta encontrar espaço no mercado brasileiro longe da concorrência do iPad

Por Claudia Tozetto
13 fev 2014, 11h52

A Philips, por meio de sua subsidiária Woox Innovations, vai lançar no mercado brasileiro três novos modelos de tablets até o fim do primeiro semestre. Os produtos terão telas com dimensões entre 8 e 10 polegadas. Além disso, devem incluir conexão 3G, já que esse é um dos recursos mais procurados pelos consumidores em locais onde há pouca oferta de redes Wi-Fi, como na região Nordeste do país.

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Os primeiros tablets chegaram, sem alarde, às lojas de todo o país em novembro de 2013. Eles têm tela de 7 polegadas, processador de 1,5 GHz com dois núcleos e 8 GB de memória interna. A versão mais avançada tem tela com tecnologia IPS, que amplia o ângulo de visão, e conexão Bluetooth. Os tablets utilizam o sistema operacional Android, na versão 4.1 ou Jelly Bean, com poucas alterações. A versão básica custa 549 reais; a mais avançada, 649 reais.

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Antes de anunciar os produtos, a Philips estudou as vendas de tablets no Brasil por dois anos. “O mercado está bem dividido entre os itens com mais recursos e preço alto e os mais básicos e baratos. A oportunidade para a Philips está no meio”, diz Alessandra Couto, gerente de marketing da divisão de entretenimento da Woox. De acordo com a consultoria IDC, os tablets com preço abaixo de 500 reais são os que mais crescem em vendas no país. Os primeiros modelos da Philips concorrem diretamente com o Slate, da HP, e o MemoPad, da Asus.

Embora os tablets tenham chegado ao mercado há poucos meses, a empresa afirma que a categoria já representa 15% das vendas da Woox no Brasil. “Vamos ter cinco modelos de tablets até julho e planejamos alcançar 5% de participação, em valor, neste mercado”, diz Caleb Bordi, gerente de marketing para tablets da Woox. A subsidiária da Philips comercializa no Brasil outros produtos como fones de ouvido, home theaters e aparelhos de DVD e Blu-ray.

Em transição – A entrada da Philips no mercado brasileiro de tablets acontece em meio a mudanças significativas na estratégia da empresa, que decidiu apostar somente na área de saúde e equipamentos médicos. Depois de vender a divisão de TVs para a TP Vision, a Philips decidiu fazer o mesmo com a área de áudio, vídeo, multimídia e entretenimento. Após as negociações com uma empresa japonesa fracassarem, em outubro de 2013, a Philips separou essa divisão de sua operação principal e criou a Woox Innovations.

“Sabemos que a empresa está à venda. A Philips decidiu focar na área de saúde, pois não havia como dar a devida atenção a todos os segmentos, em especial o de equipamentos eletrônicos, que muda muito rápido”, diz Alessandra. Com a separação da Philips, a Woox passou a ser uma empresa independente com 2.000 funcionários em todo o mundo e 1,2 bilhão de euros em vendas. Assim como a TP Vision na área de TVs, ela tem licença para usar a marca Philips em todos os seus produtos.