Para conter evasão, Sony vai dar jogos a usuários da PSN
Brasileiros não terão acesso a atrações da rede invadida por crackers
A Sony está investindo pesado para tentar manter a fidelidade dos clientes da rede PlayStation Network (PSN) – que ficou quase um mês fora do ar devido a uma ação cracker que invadiu os servidores do sistema e furtou dados de usuários no início de abril. Após franquear aos cadastrados 30 dias de acesso livre ao serviço premium, a empresa anunciou nova medida para reduzir a evasão de jogadores: a distribuição gratuita de games a partir da loja virtual Playstation Store. Por enquanto, a novidade está disponível apenas para residentes dos Estados Unidos, Canadá e México – sem previsão para outros países.
Entre os títulos liberados para o PS3, estão os clássicos LittleBigPlanet e inFamous, além dos mais recentes Super Stardust HD, Wipeout HD e Dead Nation. Usuários do console portátil da empresa, o PSP, também poderão baixar jogos como ModNation Racers, Killzone: Liberation, LittleBigPlanet e Pursuit Force. Os games ficarão disponíveis quando a loja virtual for reativada, o que, segundo a Sony, deve acontecer gradualmente até o fim de maio.
É importante lembrar que, para fazer o download dos games, não basta informar ao sistema um endereço físico em um dos três países escolhidos pela Sony. O sistema vai conferir a localização dos usuários a partir do endereço de IP (internet protocol), que têm números distribuídos de acordo com regiões do planeta. Isso impede, por exemplo, que jogadores brasileiros se beneficiem da promoção.
Na última semana, a Sony chegou a afirmar que não sabe como lidar com os usuários de sua rede na América Latina. De acordo com um post publicado em um dos blogs da companhia, os programas de vantagens aplicados aos Estados Unidos não devem chegar ao Brasil e a outros países da América Latina, como Chile, Argentina, Peru e Colômbia.
O ataque criminoso à rede PSN chegou a expor as contas de mais de 78 milhões de usuários. Dados como nomes, endereços e até números de telefones podem estar circulando nas mãos de criminosos digitais.
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