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O purgatório da rede: denúncias colocaram Facebook na berlinda em 2021

Frances Haugen, 37 anos, abriu a caixa de Pandora da empresa, que sofreu um apagão de quase sete horas no início de outubro

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 dez 2021, 08h24 - Publicado em 23 dez 2021, 06h00

Criado em 2004, o Facebook tem como uma de suas missões aproximar as pessoas e dar a elas o poder de construir comunidades, tornando assim o mundo mais conectado. Está lá na declaração de propósitos da companhia de Mark Zuckerberg, o prodígio da tecnologia que revolucionou o mundo digital com sua rede social. De certa maneira, a plataforma atingiu seus objetivos. Só que, depois de cerca de quinze anos, se descobriu também que violou a privacidade dos usuários, prejudicou a saúde mental dos adolescentes, promoveu concorrência desleal e até permitiu a incitação de insurreições violentas como a do dia 6 de janeiro, nos Estados Unidos.

Frances Haugen, 37 anos, abriu a caixa de Pandora da empresa em 2021. A ex-gerente de produto da companhia foi à imprensa americana para revelar, apoiada por documentos, o que já se intuía: o Facebook sempre privilegiou o lucro sobre os interesses e o bem-estar da comunidade de usuários. Convocada ao Congresso, Haugen também testemunhou, entre outros assuntos, sobre como o Instagram, plataforma voltada para fotos e vídeos, igno­rou evidências de que afeta o comportamento e a psiquê dos jovens, especialmente das meninas adolescentes. Depois disso, a engenheira fez uma turnê pela Europa, onde foi recebida como uma verdadeira heroína.

No meio da crise, o Facebook sofreu um apagão no início de outubro que deixou os 3,5 bilhões de usuários de suas redes sociais e do Whats­App fora do ar por quase sete horas. Coincidência ou não, o incidente atribuído a uma falha técnica que derrubou os servidores abriu caminho para todos os tipos de memes.

Zuckerberg minimizou tanto as revelações de sua ex-funcionária quanto o desmaio de suas plataformas. E, para criar uma cortina de fumaça, começou uma de suas jogadas mais ambiciosas: a mudança de nome da holding para Meta, com novos logo e programação visual. Segundo ele, a ideia é valorizar o conceito de “metaverso”, um ambiente virtual em que se poderá fazer desde reuniões até festas. A ver o que o futuro nos reserva.

Publicado em VEJA de 29 de dezembro de 2021, edição nº 2770

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