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O futuro da web, segundo o criador do Mashable

Para empresário escocês de 26 anos, rede será mais móvel e social

Por Rafael Sbarai
19 jun 2012, 13h02

Aos 26 anos, o escocês Pete Cashmore faz parte da seleta lista de jovens que inventou negócios milionários na internet e que, por isso, influencia os destinos da rede. Tudo começou em 2005, na cidade de Banchory, na Escócia, quando Cashmore começou a publicar textos sobre redes sociais em um blog recém-criado. O título da página: Mashable. Nem de longe, o assunto gozava à época da popularidade que tem hoje. Cashmore, contudo, confiou no potencial de sua escolha e, em pouco tempo, colheu frutos. O blog tornou-se um site e a principal referência em tecnologia e redes sociais no mundo, superando rivais de respeito como o Techcrunch. Atualmente, suas páginas são vistas 50 milhões de vezes ao mês, e seus conteúdos são lidos em todo o mundo. O Mashable conta com 40 profissionais, divididos em dois escritórios nos Estados Unidos e na Europa. “Hoje, quase uma década depois, minha missão de fornecer novidades e recursos aos jovens conectados permanece idêntica”, diz o criador, olhando em retrospectiva. O sucesso trouxe também ofertas. Recentemente, o site recebeu uma proposta estimada em cerca de 360 milhões de dólares da rede de TV CNN – Cashmore não comenta o assunto. O garoto do interior da Escócia foi eleito uma das cem personalidades do ano pela revista Time neste ano e ganhou um apelido: “galã da blogosfera”. Nesta semana, ele chegou ao Brasil pela primeira vez para participar do Rio+Social, evento que faz parte do calendário da Rio+20 e que discutirá tecnologia, mídia social, sustentabilidade e liderança global na América do Sul – o Rio+Social conta com apoio do site Planeta Sustentável, do Grupo Abril, que edita VEJA. Cashmore falou com exclusividade ao site de VEJA sobre futuro das redes sociais e da própria internet. Confira os principais trechos da conversa.

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Google+

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Pinterest

Em entrevista a VEJA, o analista Eric Jackson afirmou que o Facebook terá vida curta. Qual é sua opinião a respeito? A cada seis meses são criadas novas empresas parecidas ou que buscam ter o status que o Facebook possui. Para a companhia de Mark Zuckerberg, isso é ótimo, uma vez que a inovação provoca competição e, consequentemente, gera novos e melhores produtos para seus usuários. Um ótimo exemplo é a compra bilionária do Instagram: Mark sabe que o futuro da sua rede é móvel. Para se tornar relevante, contudo, é necessário dominar as tendências que envolvem o mundo digital: isso garantirá o futuro de empresas como Google e Facebook.

Quais são os próximos passos no segmento de redes sociais? O futuro da web social está nos filtros de compartilhamento de conteúdos e na forma de apresentação das informações mais relevantes aos consumidores. Em um mundo com milhões de fotos do Instagram, centenas de milhares de horas de vídeos no YouTube e milhões de tweets publicados diariamente, há uma necessidade profunda de criar guias ou espaços de curadoria para selecionar os melhores conteúdos. Sites como o Pinterest, por exemplo, têm grande futuro na web por agregar informação em caixas – no caso, murais -, além de ser um serviço facilitador de compartilhamento.

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Nos próximos dias, o Google+ completa um ano de vida. Qual é sua avaliação do produto? O Google precisava impor novos rumos a seu negócio. O desenvolvimento do Google+ mostra que o gigante de buscas deseja e quer se aventurar no campo de batalha de um de seus rivais. Até o momento, o Google+ não tem condições de brigar com o Facebook, mas o serviço alimenta certa expectativa de crescimento, uma vez que conta com uma ajuda nada desprezível: a publicidade da nave-mãe. Se conseguirem evoluir com a plataforma, será uma grande vitória para o Google.

Qual é o futuro da web? É difícil profetizar sobre os próximos passos virtuais, mas é certo que um futuro móvel e social nos aguarda. Nos libertaremos do uso assíduo de dispositivos físicos e de difícil mobilidade, como os desktops e notebooks para dedicar cada vez mais atenção a smartphones, tablets e novos dispositivos conectados, de óculos digitais a relógios.

O Brasil tem potencial para ser um país importante no setor de tecnologia? Com certeza. O país já está na vice-liderança entre as nações com o maior número de usuários do Facebook. É uma clara mostra de como os brasileiros conectados à rede têm o desejo de compartilhar ideias, conhecimentos. Será a primeira vez que falo com um público da América Latina e sei que, no Rio de Janeiro, encontrarei pessoas interessantes. Durante minha participação no Rio+Social, estarei muito interessado em ouvir opiniões de parte da população: chego ao país para aprender também.

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