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MIT cria traje que deixa atletas secos

O tecido é todo revestido com microcélulas vivas que podem encolher ou expandir os poros da roupa de acordo com a umidade

Por Carla Monteiro 24 Maio 2017, 20h05

Pesquisadores do Instituto Tecnológico de Massachusetts, o MIT, nos Estados Unidos, desenvolveram trajes com poros de ventilação que abrem e fecham, de acordo com o calor e a quantidade de suor do corpo de um atleta. Os detalhes do novo material foram publicados no site da revista Science, na sexta-feira (19). A roupa promete deixar atletas mais secos durante o treino.

O traje é todo revestido com microcélulas vivas que podem encolher ou expandir os poros da roupa de acordo com a umidade. Ou seja, quando o corpo está suado, o traje sofre uma dilatação permitindo a entrada de ar e o resfriamento do atleta. As células atuam como sensores vivos para determinar se os poros devem abrir (quando o atleta sua) ou fechar (quando o corpo esfria).

Por meio de técnicas de engenharia genética, os cientistas conseguiram reprogramar o núcleo celular de bactérias não patogênicas E. coli para que se tornassem sensíveis à umidade. Além de dilatar os poros, elas também foram induzidas a emitir luz sempre que imersas em condições úmidas. Isso significa que se um praticante de corrida treinar no escuro, por exemplo, uma luz fluorescente vai se acender. Tal medida garante a segurança dos atletas noturnos. De acordo com os cientistas, a tecnologia pode ser aprimorada para que, no futuro, as células liberem um cheiro bom e agradável toda vez que o indivíduo sair suado da academia.

Os testes

Durante a pesquisa, as bactérias foram alocadas em uma folha de látex. Quando o material era exposto à uma placa quente para secar, as células começavam a se contrair e, assim, encolher a camada de látex. Contudo, quando as folhas foram expostas ao vapor e ao calor, o látex expandiu e as luzes começaram a brilhar. Após passar por 100 ciclos de testes de calor e umidade, os pesquisadores concluíram  que o tecido não sofreu nenhuma alteração brusca. Ou seja, o material pode ser utilizado mais de cem vezes sem perder a eficiência.

Já nos testes com o traje pronto, os participantes da pesquisa vestiram a roupa e foram correr nas esteiras, enquanto os cientistas monitoravam a umidade e temperatura do corpo, por meio de sensores. Após cinco minutos de exercícios, justamente no momento em que os participantes começaram a relatar calor e suor, os poros do traje começaram a se dilatar. De acordo com os avaliados, a roupa especial reduziu a temperatura da pele e removeu o suor do corpo com efetividade maior que quando utilizaram trajes comuns. Para os cientistas, que também fizeram os testes, a sensação seria a de ter um “verdadeiro ar condicionado nas costas”.

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