Mark Zuckerberg não venderá suas ações do Facebook
Manobra busca minimizar as constantes quedas dos papéis da companhia
O Facebook anunciou na terça-feira que Mark Zuckerberg, CEO e fundador da empresa, não venderá suas ações da companhia pelos próximos 12 meses. Além disso, dois de seus diretores, Marc Andreessen e Donald Graham, se comprometeram a vender apenas as ações necessárias para pagar impostos. No mês passado, Peter Thiel, um dos primeiros investidores do Facebook, vendeu a maior parte de suas ações na companhia.
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A decisão é uma manobra defensiva que busca reduzir a quantidade de ações disponíveis no mercado e minimizar o vencimento de mais acordos de bloqueio nos próximos meses.
Desde a estreia no mercado financeiro com a maior oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) na Nasdaq, a bolsa do setor de tecnologia, em maio, a empresa tem perdido valor – da euforia dos 104 bilhões de dólares para os atuais 42,5 bilhões de dólares, menos da metade. Ontem, logo após a abertura da bolsa Nasdaq, o preço dos papéis da companhia caiu para uma nova cotação mínima: 17,58 dólares a unidade. De acordo com analistas de mercado, a queda ainda é um reflexo do termino da primeira fase dos acordos de bloqueio – acontecido no dia 16 de agosto – que libera a comercialização de ações.
Além disso, o pacote de contenção de danos da rede social inclui o plano de recomprar 101 milhões de ações, cerca de 4% das ações disponíveis, e que poderiam ser postas à venda à medida que seguem expirando os prazos de restrição para seus atuais empregados. De acordo com os preços atuais, o Facebook gastaria cerca de 1,9 bilhão de dólares para manter estas ações fora do mercado.
(Com agência EFE)