Maioria dos americanos não se protege contra falha Heartbleed
Google, Facebook, Yahoo e Amazon recomendaram que usuários trocassem senhas de acesso para evitar ações de criminosos
Um estudo divulgado nesta quarta-feira pela consultoria Pew Research Center mostra que quase 60% dos usuários de internet nos Estados Unidos não tomaram medidas de segurança após conhecer a falha Heartbleed. A maioria dos sites afetados, entre eles Google, Facebook, Yahoo e Amazon, recomendaram que os usuários trocassem as senhas de acesso aos serviços imediatamente para evitar que criminosos interceptassem as informações.
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Descoberta no início de abril, a falha no OpenSSL, tecnologia de criptografia de código aberto usada por dois terços dos servidores de web em todo o mundo, expôs dados pessoais de usuários durante um período de dois anos, mas já foi resolvida pela maioria das empresas. O bug permitia que criminosos interceptassem comunicações aparentemente seguras entre computadores e servidores, entre eles os sites com endereço iniciado em HTTPS, como bancos.
O estudo mostrou que 29% dos entrevistados acreditam que a falha Heartbleed colocou em risco dados pessoais compartilhados por meio da internet. Entre os que declararam usar a internet, o percentual sobe para 45% do total. Uma minoria de 6%, no entanto, afirmou acreditar que seus dados pessoais tenham sido roubados devido à falha. Do total, 60% afirmaram estar cientes do que é a falha Heartbleed – taxa considerada alta pelos responsáveis pelo estudo.
Os americanos mostraram diferentes visões sobre segurança de dados na internet durante as entrevista ao Pew Research Center. O estudo mostrou que 46% das pessoas acreditam que suas informações estão, de alguma forma, seguras aos serem transmitidas por meio da internet. Apenas 23% dos usuários disseram acreditar que as informações estão “muito seguras” e 26% acreditam que seus dados pessoais estão “pouco seguros” ou “nada seguros”.
Para fazer o estudo, a Pew Research entrevistou 1.501 pessoas com idade superior a 18 anos e residentes nos Estados Unidos, no período entre 21 e 27 de abril. O estudo considera uma margem de erro de 2,9 pontos percentuais para mais ou para menos para a amostra total de entrevistados.