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Inspirado no Wordle, publicitário brasileiro cria o Musicle

Apaixonado por música clássica, Adriano Brandão contempla 13 gêneros diferentes em jogo de adivinhação de canções na internet

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 fev 2022, 07h30

No Musicle, jogo digital de adivinhação de canções, o usuário escuta o trecho de uma música e escolhe entre quatro opções de qual álbum ela faz parte. Tudo muito simples, sem cadastros, nem anúncios excessivos. A semelhança com o Wordle, que envolve a descoberta de palavras, viralizou no mundo inteiro e foi comprado pelo New York Times, não é mera coincidência.

Embora esteja todo em inglês, o Musicle foi criado em São Paulo, pelo publicitário brasileiro Adriano Brandão, de 43 anos. Apaixonado por música clássica, ele conta que, desde 2019, cultivava a ideia de fazer um jogo nesses moldes. Foi a mulher, Elza, que o incentivou, ao vê-lo tentando adivinhar as canções que se sucediam no rádio do carro enquanto dirigia de um lugar para outro.

Perfeccionista, Brandão começou a pensar em algo muito complexo, com várias etapas e recursos para evitar trapaças. Com o vai-e-volta, o projeto acabou relegado ao fundo de uma gaveta. “Quando vi o Wordle, percebi que o jogo não tinha nenhuma dessas preocupações”, contou ele, em entrevista por telefone à VEJA. “Simplesmente, parte do princípio que as pessoas só querem adivinhar e brincar.”

Adriano Brandão
O Publicitário Adriano Brandão, desenvolvedor do Musicle – (Arquivo Pessoal/Reprodução)

Quando criou o Musicle, no entanto, o publicitário se permitiu fugir um pouco do minimalismo. Ao entrar na página inicial, o usuário pode escolher entre 13 “flavors” (sabores, em inglês), como ele chamou os vários gêneros musicais listados no cardápio oferecido. Alguns são autoexplicativos, como “metalhead”, “classicle”, “jazzle”, “rock”, “k-pop”, “r&b” e “hip-hople”. Outros exigem a leitura da legenda, como “1001” e “easy radio”. Há também, claro, uma categoria para música brasileira.

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O usuário é levado, então, para outra página, na qual surgem três barras, a primeira aberta e as outras duas fechadas. No alto, um botão de “play” solta um aperitivo de 30 segundos de uma música. Em seguida, o jogador tem de adivinhar de qual álbum dos quatro listados ela faz parte. Acertando ou errando, outro teste se abre. Ao fim, o resultado aparece, com um link para compartilhar a performance nas redes sociais.

O banco de dados utilizado por Brandão é da Apple Music, que disponibiliza trechos, capas e informações para desenvolvedores interessados em criar esse tipo de aplicativo ou site musical. “Outras plataformas fazem isso, como o Spotify e o Deezer”, disse ele. “Mas nenhum tem essa variedade.”

Lançado na noite do dia 11, o Musicle atraiu nos primeiros três dias de vida 63 mil jogadores. A maior parte, segundo o “pai” do joguinho, do Brasil, mas com algumas ocorrências na Colômbia e no Chile. Brandão diz que fez o site em inglês pensando mesmo no mercado externo. “Além disso, música é universal”, disse ele. “Então, a chance de atingir mais pessoas é muito maior.”

Ex-administrador do site do jornal A Gazeta do Povo e ex-sócio fundador de uma agência digital, Brandão hoje se dedica a pensar em projetos como o Musicle e administrar outros dois envolvendo música clássica, o Concertino e o Concert Master. Ele ri quando questionado sobre a possibilidade de um veículo como o New York Times comprar seu joguinho por “pouco mais de sets dígitos”. “Seria um sonho”, conclui.

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