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Facebook faz estudo ‘secreto’ para entender emoções de usuários

Pesquisa modificou modo como 600.000 pessoas visualizam conteúdo na rede. Resultado: humor varia de acordo com textos, fotos e vídeos compartilhados

Por Da Redação
29 jun 2014, 15h39

Os textos, fotos e vídeos compartilhados por seus amigos no Facebook podem mudar seu humor. Essa é a constatação de um estudo “secreto” realizado com mais de 600.000 pessoas selecionadas aleatoriamente que acessam a rede social em inglês. A pesquisa, feita em parceria entre funcionários da equipe de dados da rede social e pesquisadores das Universidades da Califórnia e Cornell, nos Estados Unidos, chamou a atenção neste domingo de usuários da internet: seria ético manipular informações para compreender reações dos seres humanos? A discussão está na rede -, mas é importante observar: a criação de pesquisas acadêmicas com usuários da maior rede social do planeta é uma prática comum e legal, de acordo com os termos de privacidade do serviço.

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Segundo o estudo, publicado na última edição da revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, o Facebook mudou propositalmente, entre os dias 11 e 18 de janeiro de 2012, os conteúdos que seriam exibidos na linha do tempo do universo de pesquisa selecionado. Para tanto, formaram-se dois grupos: uma parte só iria acompanhar conteúdos considerados positivos e, a outra metade, assuntos negativos. Ao todo, mais de 3 milhões de conteúdos e 122 milhões de palavras foram analisadas.

O experimento apontou que pessoas são contagiadas emocionalmente ao conferir o status de seus amigos na rede social: posts considerados positivos produzem felicidade, enquanto os negativos induzem sentimentos depressivos. “Há uma espécie de contágio emocional”, diz o estudo. “O resultado indica que as emoções demonstradas por outras pessoas podem influenciar nossas opiniões”, finaliza.

A pesquisa, disponível na rede há mais de três meses, ganhou a atenção de muitos usuários da rede social depois dos questionamentos das publicações americanas Slate e The Atlantic. Apesar de a produção de artigos acadêmicos relacionados à rede social ser uma prática comum da empresa, houve o questionamento ético: “devemos manipular informações para compreender as reações dos seres humanos?”, questiona a The Atlantic.

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Susan Fiske, professora da Universidade de Princeton que editou o artigo para publicação, admitiu preocupação ao aprovar o conteúdo. “Entramos em contato com os autores, mas o conselho aceitou pelo simples fato de que o Facebook faz muitas modificações em seu algoritmo para aprimorar a experiência do usuário na rede social”, finalizou. Procurado pela reportagem de VEJA.com, o Facebook ainda não se pronunciou sobre o assunto.

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