Democratas amam Beatles; republicanos, música country, revela o Facebook
Às vésperas da eleição de meio de mandato dos EUA, rede social cruza dados de usuários para mostrar suas preferências culturais
Faltando menos de uma semana para as eleições americanas de meio de mandato, o Facebook divulgou uma série de infográficos que pretende revelar um pouco das preferências culturais de democratas e republicanos. Os democratas preferem, em música, Beatles, Lady Gaga, Bob Marley e Michael Jackson; na literatura, Mark Twain (autor de As Aventuras de Huckleberry Finn); o local: Empire State, em Nova York. Os republicanos, na mesma ordem, ficam com George Strait, Mirand Lambert e Jason Aldean (todos representantes da country music); C.S.Lewis (As Crônicas de Nárnia); e Graceland, a casa-museu de Elvis Presley, no Tennesse – Elvis, aliás, é tão querido por um lado quanto por outro.
Para o levantamento, a rede social analisou uma montanha de dados. Primeiro, identificou perfis (eles não são exibidos no relatório final) de usuários que curtiram a página de democratas ou republicamos que concorrem a vagas de governador, senador ou deputado federal. Em seguida, cruzou essa informação com outros “likes” que esses mesmo usuários distribuíram na rede em páginas de músicas/bandas, pontos turísticos, autores, livros e programas de TV.
O passo seguinte foi identificar aquelas páginas curtidas de forma acentuada entre simpatizantes de um partido, mas não de outro. Por exemplo: as páginas oficiais de Bob Marley e Michael Jackson são de longe mais curtidas por democratas do que por republicanos.
O resultado aparece na lista abaixo. Os artistas/obras/locais exibidos mais à esquerda são mais populares entre democratas; no outro extremo, estão os preferidos do republicanos. Ao centro, aqueles cujo interesse é igualmente compartilhado pelos dois grupos. Quanto maior o texto exibindo o nome do artista/obra/local, mais popular ele é. Não há informações sobre o número de usuários envolvidos no levantamento.
O levantamento, é claro, parte de uma inferência: a de que uma pessoa que curtiu uma página de um partido ou de outro de fato é um simpatizante daquela legenda. Vale, portanto, a ressalva de que muita gente acompanha a atividade de candidatos adversários como forma de conhecer melhor os passos do “inimigo”, além de curiosos e indecisos, que usam a página para se informar.