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Cyberbullying é menos prejudical do que agressões presenciais

Para pesquisadores, porém, a combinação de ambos é o que cria os episódios mais traumáticos para crianças e adolescentes

Por Da Redação
17 jun 2015, 13h34

Estudo publicado na revista da Associação Americana de Psicologia concluiu que o cyberbullying, as agressões verbais que começam e permanecem online, não é mais emocionalmente prejudicial para jovens do que o assédio que só ocorre pessoalmente. Segundo o artigo, isso acontece porque a violência tem duração mais curta e não envolve desequilíbrio de poder (a sensação de inferioridade que pode nascer na criança agredida) tão significativo.

A pesquisa da Universidade de New Hampshire analisou dados de casos de cyberbullying providos pelo Instituto Nacional de Justiça dos Estados Unidos. Ainda foram realizadas entrevistas telefônicas em 2013 e 2014 com 791 jovens americanos, com idades entre 10 e 20 anos.

Os dados mostraram que, entre os incidentes de assédio, 54% foram apenas pessoalmente, 15% envolveram somente o mundo virtual e 31% resultaram de uma combinação dos dois. Apesar de abranger um número maior de testemunhas por estar disponível online, o cyberbullying é menos propenso a ter múltiplos autores. Isso porque, os incidentes tecnológicos tem maior chance de serem cometidos por estranhos ou anônimos, enquanto o assédio pessoalmente costuma ser cometido por colegas de escola e outros conhecidos, que costumam se comportar em bando.

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“Porém, os episódios mistos, que envolvem o online e offline, é que parecem ser os mais angustiante para os jovens”, disse a professora de psicologia Kimberly Mitchell, autora do estudo.

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Muitos pesquisadores têm assumido que o assédio moral virtual seria particularmente prejudicial para as vítimas, já que os assediadores ameaçam postar fotos ou vídeos, de forma anônima, para grandes audiências. No entanto, as novas descobertas sugerem que a tecnologia por si só não necessariamente aumenta a gravidade e o nível de sofrimento das vítimas.

“Este estudo provou que fatores como duração do assédio, desequilíbrio de poder, envolvimento de vários autores, comentários de ódio e preconceito são os principais motivos que aumentam o sofrimento de jovens”, disse a coautora Heather Turner, professora de sociologia da mesma universidade. Ou seja, o papel do mundo virtual não é tão fundamental na conta.

(Da redação)

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