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CEO da Amazon compra o jornal ‘Washington Post’

Jeff Bezos paga US$ 250 milhões pela empresa que publica diário, responsável nos anos 70 por reportagens que levaram à renúncia de Richard Nixon

Por Da Redação
5 ago 2013, 18h55

Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon, gigante americano do varejo digital, adquiriu nesta segunda-feira o grupo responsável pela publicação do jornal americano Washington Post por 250 milhões de dólares. De acordo com nota publicada pelo próprio jornal, a compra – paga à vista – foi realizada por um escritório que representa os interesses do executivo, e não tem relação com o site de comércio virtual. “Ressaltamos que essa aquisição foi realizada por uma entidade pertencente ao senhor Bezos, e não pela Amazon.com”, apontou o texto. As negociações incluem a transferência de propriedade de outros produtos, como os jornais Express, The Gazette e outras publicações de pequeno porte.

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Fundado em 1877, o Washington Post é o título de maior circulação na capital dos Estados Unidos. Sua tiragem diária é de cerca de 480.000 exemplares, chegando a 840.000 unidades aos domingos. Em 1974, a publicação ganhou notoriedade ao ser a primeira a abordar o caso Watergate, que levou à renuncia do então presidente Richard Nixon.

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Com a aquisição, Bezos expande sua influência na mídia americana e mundial. Em abril, um dos representantes do executivo anunciou um investimento de 5 milhões de dólares no site de notícias financeiras Business Insider, fundado pelo analista americano Henry Blodget, em 2007.

Embora a transação atual não tenha relação imediata com a Amazon, é possível que as duas empresas sejam integradas em algum momento. Hoje, a companhia já atua em diversos setores relacionados à mídia digital, que envolvem o aluguel e venda de músicas, vídeos, livros eletrônicos e aplicativos para tablets e smartphones.

Em carta aos funcionários, o CEO da Amazon elogiou o trabalho dos antigos proprietários do jornal e afirmou que é natural se preocupar quando grandes mudanças acontecem. “É natural temer essas mudanças, mas os valores do jornal não precisam ser alterados. A publicação deve atender à necessidade de seus leitores, e não de seus proprietários. Vamos continuar a perseguir a verdade, e vamos trabalhar duro para não cometer erros”, disse. Ele também afirma que não vai interferir diretamente nos negócios do Washington Post, e que a direção atual deve permanecer a mesma. “Eles entendem mais desse ramo do que eu.”

Jeff Bezos, de 49 anos, criou a Amazon em 1994 – quando a internet começava a se popularizar ao redor do mundo. De acordo com a revista Forbes, o empresário ocupa o 19º lugar na lista das pessoas mais ricas do mundo, com uma fortuna pessoal superior a 25 bilhões de dólares. Sua companhia, considerada como a maior empresa de comércio eletrônico do mundo, arrecadou cerca de 60 bilhões de dólares em 2012 com a venda de produtos e serviços pela a internet.

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Em novembro de 2012, durante uma entrevista ao jornal alemão Berliner-Zeitung, Bezos afirmou que as pessoas não querem pagar por notícias on-line, e que as publicações impressas devem morrer em alguns anos. “Estou certo sobre uma coisa: em 20 anos, os jornais impressos não existirão mais. Já na internet, ninguém quer pagar pelas informações, e é tarde demais para mudar isso.”

Do Facebook para a New Republic A aquisição do Washington Post não é a primeira incursão dos empreendedores da web na imprensa tradicional. Em 2012, Chris Hughes, cofundador do Facebook, adquiriu a revista The New Republic. A publicação, uma das mais tradicionais dos Estados Unidos, foi fundada em 1914. A diferença é que agora a operação envolve uma das grandes publicações da imprensa americana.

Desde a aquisição, Hughes promoveu uma grande reestruturação. Na mira do novo dono, os tablets. “Em dez anos, se não antes, a maioria dos leitores da New Republic se sentirá mais à vontade lendo no iPad”, disse Hughes.

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