Campus é lugar de garimpar talentos, diz executivo da Intel
A convite de VEJA, Antonio Rivera, engenheiro de aplicações da multinacional, visitou o evento de tecnologia em São Paulo. Confira a seguir avaliação dele
Engenheiro de aplicações da Intel, Antonio Rivera, é responsável por monitorar as necessidades técnicas dos clientes da companhia. O executivo tem mais de 35 anos de experiência na área de informática e já passou por empresas como Bayer, Hoechst, Itautec e Sperry Univac. Frequentemente, participa de eventos promovidos pela empresa voltados às novas tendências do mercado de tecnologia.
Leia também:
Falta biotecnologia na Campus, diz pesquisador da IBM
1. Qual sua impressão da Campus 2012? Participo da Campus Party desde a primeira edição, em 2008. A feira é como o mundo: cheio de diversidade. O evento reúne pessoas de várias cidades, de diferentes classes sociais, e todos compartilham as novidades que brotam aqui. O contato entre os participantes continua mesmo fora do ambiente da feira, porque há uma afinidade entre esses campuseiros. Na área de segurança digital, por exemplo, o perfil do público é composto por administradores de banco de dados de informação e tecnologia de redes.
2. O senhor acha que bons projetos podem surgir aqui? O evento é uma festa, mas também permite o surgimento de novos projetos. As pessoas já utilizam a internet para trocar experiências, mas um encontro como este permite que esses usuários interajam pessoalmente e façam contatos. Os participantes podem não só desenvolver suas ideias, mas também ter acesso a outros projetos. As pessoas podem criar ali porque o ambiente propicia isso.
3. A Campus privilegia os principais setores de tecnologia? É um evento muito rico. É na diversidade que você encontra ideias diferentes, outras opiniões, outros valores. E é a partir da troca de conhecimento e do trabalho em grupo que saem as novas soluções. Os temas mais importantes do setor de tecnologia estão representados por aqui. Temos a parte de infraestrutura, redes, software livre, arte, música, ciência, robótica, games. O público aumentou muito nos últimos anos e hoje a abrangência do evento é maior. Uma coisa que me chamou a atenção é o crescimento da participação de empresas.
4. Que áreas chamam mais a atenção do senhor? Eu sou suspeito, porque trabalho e sempre trabalhei na área de redes e segurança. Então, é uma área à qual estou muito ligado. Outros assuntos que chamam a minha atenção aqui são música e arte.
5. O evento pode impulsionar o empreendedorismo em tecnologia? No exterior, temos muitos brasileiros encabeçando importantes projetos no setor de tecnologia, o que leva a crer que nosso problema não é a deficiência técnica dos profissionais da área, mas, sim, a pequena quantidade de especialistas. O país tem muito potencial, especialmente na área de tecnologia. O nosso sistema bancário é um dos mais seguros do mundo e isso não acontece à toa.
6. O senhor acha que a Campus é um bom lugar para a indústria garimpar talentos? Desde que cheguei, vi oficinas, gente trabalhando e mostrando suas ideias. Sim, é um bom lugar para procurar talentos.