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Blekko: uma nova ferramenta de busca onde menos é mais

Por The New York Times
1 nov 2010, 10h37

Empresas iniciantes e grandes companhias vem tentando enfrentar o Google por meio da construção de melhores ferramentas de busca. As que fracassaram não interromperam a valente entrada de novos candidatos. A última é a Blekko, uma buscador que chega ao público hoje. Rick Skrenta, co-fundador e diretor-executivo do Blekko, disse que desde o início do Google, a internet foi invadida por sites pouco úteis, cheios de links e palavras-chave que os empurram para o topo dos resultados de busca do Google e que oferecem pouca informação. O Blekko tem como objetivo mostrar os resultados de busca apenas de sites úteis, dignos de confiança. “O objetivo é limpar a busca da web e deixar todos os spams de fora”, disse Skrenta.

A ferramenta de busca do Blekko vasculha 3 bilhões de páginas da internet que considera confiáveis, mas mostra apenas os melhores resultados de um determinado tópico. Ele chama suas listas editadas de slashtags. A ferramenta também tenta eliminar páginas criadas com conteúdo das chamadas “fazendas de conteúdo” como a Demand Media, que define temas populares de busca na web e contratam pessoas com baixos salários para escrever artigos sobre tais assuntos para sites como o eHow.com.

É também baseado numa categoria fecunda de pesquisa – ferramentas de busca verticais, que oferecem resultados para temas específicos. Muitas empresas assumem que o Google ganhou a disputa para pesquisas em toda a web, então se concentram em buscas por tópicos específicos. O Bing, da Microsoft, tem páginas de pesquisa dedicadas a viagens e entretenimento, e o Yelp é uma escolha popular para buscar negócios locais.

Pessoas que procurarem um tópico em uma das setes categorias que o Blekko considera carregadas com resultados baseados em spam – saúde, receitas, automóveis, hotéis, letras de música, finanças e faculdades – verão automaticamente o resultado editado.

Os usuários também podem procurar os resultados de um site (“iPad/Amazon”, por exemplo, para buscar iPads na amazon.com), buscas restritas por tipos (“June/pessoas” mostra pessoas chamadas June) ou busca por assunto. “Mudanças climáticas/conservador” mostra resultado de sites conservadores, e “Obama/humor” traz sites de humor que mencionam o presidente americano. O Blekko fez centenas desses slashtags e os usuários podem criar os seus e revisar outros.

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Skrenta, que vem criando o Blekko discretamente desde 2007, passou sua carreira tentando melhorar a pesquisa na Web, baseando-se nos usuários para ajudar a vasculhar páginas.

Ele começou o Open Directory Project, um diretório editado por seres humanos que competia com o Yahoo na década de 1990 e foi comprado pela Netscape em 1998. Ele lançou três ferramentas de pesquisa na AOL e ajudou a fundar a Topix, o site de notícias editado por humanos que foi adquirido em 2005 pela Gannett, Tribune Company e Knight-Ridder.

Em alguns casos, os resultados do Blekko são diferentes dos do Google e mais úteis. Ao buscar “dicas de gravidez”, por exemplo, apenas um dos dez principais resultados, o cdc.gov, é igual. Os principais resultados do Blekko mostram sites do governo, de um grupo sem fins lucrativos e sites de reconhecimento de paternidade, enquanto o Google incluiu o OfficialDatingResource.com.

“O Google tem dificuldade em dizer se dois artigos sobre o mesmo tema foram escritos pela Demand Media, que paga 50 centavos por ele, ou por um médico”, disse Tim Connors, fundador da PivotNorth Capital e um investidor do Blekko. “Os seres humanos são muito bons nisso.”

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Ainda assim, para muitas outras pesquisas, os resultados são bastante semelhantes. O desafio do Blekko é que a maioria das pessoas está feliz com os resultados de pesquisa do Google, que segundo a comScore respondem por dois terços das buscas nos Estados Unidos.

“A maioria das pessoas não está dizendo ‘estou sobrecarregado com fazendas de conteúdo'”, disse Danny Sullivan, editor-chefe da Search Engine Land e um especialista do segmento. O Google também permite que as pessoas pesquisem facilmente sites individuais ou criem uma pesquisa personalizada de um grupo de sites, embora o processo seja mais complicado.

O Blekko também mira a falta de transparência do Google sobre seu algoritmo para o ranking de resultado de pesquisas. O Blekko oferece dados como o número de links para um site, de onde eles vem e quando o Blekko buscou o conteúdo de um site pela última vez.

O Blekko levantou 24 milhões de dólares em capital de risco de investidores importantes como Marc Andreessen, Ron Conway e da US Venture Partners. A companhia planeja vender anúncios no modelo do Google, associados a palavras-chave e slashtags.

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Algumas empresas iniciantes que trabalham com pesquisa foram adquiridas por outras companhias, como a Powerset, comprada pela Microsoft em 2008. Outras, como a Cuil, uma ferramenta de busca lançada por ex-engenheiros do Google em 2008, fracassaram. “Pode ser que o Blekko conquiste um público reduzido, mas fiel”, disse Sullivan. “Mas não será o assassino do Google.”

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