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Aprendendo uma língua com especialistas na internet

Por The New York Times
30 jul 2010, 09h38

A mensagem do esqueitista tunisiano de 14 anos foi curta: “Totalmente errado”, disse ele sobre meu francês. Minhas conjugações estavam erradas e eu deveria estudar ortografia. Numa escala de 1 a 5, disse ele, meu francês era pior do que 1. Então ele desapareceu no anonimato da internet. É fácil fazer amigos rapidamente no Livemocha.com, um site devotado a ajudar pessoas a aprender línguas estrangeiras trocando mensagens pela internet e corrigindo umas às outras.

Assim como meu jovem tutor tunisiano mostrou, a internet, com sua capacidade sem paralelo de conectar pessoas pelo mundo, está mudando a maneira como as pessoas aprendem línguas estrangeiras. Ainda não há um jeito de evitar o cansaço das listas de vocabulário e regras gramaticais, mas os livros, fitas e CDs do passado estão sendo trocados por e-mails, videochats e redes sociais.

O Livemocha, uma companhia de Seattle com 14 milhões de dólares financiados por empresa de capital de risco, mistura redes sociais com lições para 38 das línguas mais comuns do mundo.

As primeiras lições são gratuitas, mas desbloquear conteúdos adicionais requer um pagamento ao Livemocha (começa com 10 dólares por um pacote de aulas) ou um acordo para corrigir o trabalho de outros participantes, talvez o que meu amigo tunisiano fez comigo. As aulas, sejam elas flashcards, questionários, gravações em áudio ou por escrito, são oferecidas pela web. O diretor do Livemocha, Michael Schutzler, afirma que a vantagem do site é a capacidade de praticar com uma pessoa de verdade.

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As conexões ao acaso com pessoas reais ao redor do mundo, ainda que breves, não são apenas divertidas e surpreendentes, mas revelam muito sobre como a língua é realmente usada. O garoto da Tunísia, enquanto nocauteia minhas conjugações, repassa gírias e atitudes, algo raro de se encontrar em livros didáticos.

Tenho dúvidas se estudantes tradicionais de francês encontram esse caminho em conversações com pessoas tão diferentes. Maria, uma senhora do Brasil que fala francês, foi gentil e ofereceu correções superficiais. Melina, uma mulher do sul da França, usou azul para enfatizar suas correções em meu trabalho. Era uma espécie de toque.

“O que na verdade oferecemos é a capacidade de interação com outros seres humanos”, disse Schutzler. E acrescentou: “Minha mãe acreditava que era capaz de dominar todas as gírias americanas antes de vir aos Estados Unidos, mas quando chegou aqui não era capaz de tomar um xícara de café no jantar.”

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O Livemocha está experimentando uma série de formas de motivar as pessoas, que se assemelham a jogos sociais encontrados no Facebook. Os exercícios com flashcard, por exemplo, valem pontos, os totais aparecem há primeira página. Eu recebi uma medalha de bronze no primeiro dia que ajudei muitas pessoas com o inglês.

Nem todos os serviços são tão bem estruturados. MyLanguageExchange.com apenas mantém listas de pessoas que dominam certas línguas e querem aprender outras. Qualquer um pode procurar no banco de dados, mas apenas membros que pagam 24 dólares por ano podem enviar e-mail facilmente para outros participantes. Cada pessoa cria um perfil que incluiu uma breve descrição de idade, local e sobre o que quer falar. A maior demanda é por inglês e encontrei muitos possíveis parceiros.

Marie, 40 anos, nasceu na Espanha, mas vive na França, perto da região de Bordeaux. Ela quer melhorar seu inglês e “talvez encontrar um emprego em exportação”. Serge, um aposentado parisiense, estuda genealogia e procurar melhorar seu inglês, espanhol e sueco. O MyLanguageExchange garante que tem mais de 1,5 milhão de membros estudando 115 línguas.

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