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Zika pode causar deformidades nas juntas

De acordo com um novo estudo, gestantes infectadas pelo vírus podem ter bebês com artrogripose, síndrome que provoca graves deformidades nas articulações

Por Da redação
Atualizado em 10 ago 2016, 13h27 - Publicado em 10 ago 2016, 13h17

Um novo estudo, realizado por cientistas brasileiros, descreveu com detalhes pela primeira vez sobre como a infecção pelo vírus zika em gestantes pode fazer com que os bebês desenvolvam artrogripose — síndrome que provoca graves deformidades nas articulações, especialmente em braços e pernas. A pesquisa, publicada no periódico científico BMJ, analisou sete bebês que nasceram infectados pelo zika, em Pernambuco.

De acordo com a autora principal do estudo, Vanessa Van Der Linden, neuropediatra do Hospital Barão de Lucena, em Recife, a análise mostrou que a artrogripose dos bebês não está relacionada à anomalias específicas das articulações, mas tem origem neurogênica. Ou seja, está ligada ao processo de formação dos neurônios.

Segundo a pesquisadora, a artrogripose pode estar relacionada a várias causas e é diagnosticada quando há deformidades em articulações localizadas em pelo menos duas partes diferentes do corpo. Para estabelecer a relação com a zika, os cientistas excluíram todas as outras possíveis causas da má-formação, usando exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Das sete crianças estudadas, seis tinham microcefalia e todas apresentavam sinais de calcificação no cérebro, problema causado pelo acúmulo de cálcio nos tecidos cerebrais. Segundo Vanessa, a hipótese é de que o zika vírus seja capaz de destruir as células do cérebro, formando lesões onde o cálcio é depositado.

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Ao observar as imagens de alta definição das articulações e dos tecidos próximos, os cientistas descobriram que não havia anomalias na parte óssea nem nos ligamentos. “Isso nos levou a concluir que a artrogripose tinha origem na parte neurológica”, afirmou Vanessa.

A principal hipótese é de que a má-formação seja produzida por um processo que envolve os neurônios motores – as células cerebrais que controlam a contração e o relaxamento dos músculos. Isso pode levar o feto a se manter em posturas fixas no útero, o que provoca as deformidades. Segundo Vanessa, o estudo ajudará a entender melhor os sintomas provocados pelo vírus e seus mecanismos de infecção.

(Com Estadão Conteúdo)

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