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Você segue uma musa fitness? Isso pode fazer mal à sua saúde

A busca incessante por um ideal de beleza, como a barriga negativa, o ab crack ou o vão entre as coxas, pode deflagrar problemas físicos e mentais

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 ago 2016, 14h48

A busca pelo corpo perfeito tem aumentado e muito o fanatismo em torno dos padrões de beleza. O depoimento de mulheres com índices corporais baixíssimos, abdômen tanquinho (a radical ‘barriga negativa’), o ab crack (vinco vertical no meio da barriga) e até mesmo o vão entre as coxas têm sido cada vez mais comuns na internet, em especial no Instagram.

A expressão ‘barriga negativa’ se popularizou quando a modelo sul-africana Candice Swanepoel exibiu seu abdômen côncavo – de tão seco – no Instagram, em 2012. Quase um ano depois chegou a vez do ‘thighgap’, termo criado para designar o espaço entre as coxas, sem deixar que elas encostem uma na outra. Em 2014, a nova mania foi a ‘bikini bridge’, expressão usada para descrever quando a calcinha fica suspensa da barriga por conta dos ossinhos saltantes do quadril.

Mas como a criatividade nunca acaba, a internet continua a apresentar partes do corpo que até então se ignorava. Os últimos modismos celebrados nas redes redes sociais foram o ‘thighbrow’, apelido em inglês para a dobrinha formada entre o quadril e as coxas, o ‘ab crack’, vinco vertical no meio do abdômen e o uso da cinta modeladora – até para ir na academia. 

O problema é que, mais do que magreza, alguns desses “modismos fitness” estão diretamente relacionados à estrutura corporal e, portanto, não importa o quanto se faça dieta ou exercícios — nem um terço das pessoas jamais chegará perto dos objetivos. Eles são irreais.  A consequência é ainda pior: o desenvolvimento de doenças. 

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Segundo o cirurgião plástico Eduardo Sucupira, muitas pessoas querem soluções milagrosas e buscam intervenções estéticas e cirúrgicas para alcançar estes “padrões” na internet. Alguns deles, como o ab crack e o vão entre as coxas, até podem ser construídos a partir de uma lipoaspiração ou lipoescultura, outros, como a barriga negativa, não. “Entretanto, além de um resultado irreal, seguir os procedimentos da moda aumenta o risco de insatisfação da paciente e, consequentemente, o desenvolvimento de transtornos de imagem”, diz.

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“Atualmente vivemos em uma dicotomia, com muitas pessoas acima do peso e outras buscando obsessivamente padrões estéticos que só podem ser alcançados com a adoção de medidas extremas que colocam em risco a saúde de quem busca esse tipo de resultado. Essa busca incessante para alcançar uma imagem patológica induz comportamentos que deflagram transtornos alimentares, como a bulimia e a anorexia.”, diz o endocrinologista  Francisco Tostes.

O preparador físico Marcio Atalla ressalta que a maioria das pessoas que consegue atingir as características radicais têm em seu favor, fundamentalmente, a genética. “Tentar ultrapassar limites pode, sim, prejudicar a saúde.

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Fontes: Eduardo Sucupira, cirurgião plástico; Francisco Tostes, endocrinologista; Isaias Gonçalves Rodrigues, personal trainer; e Marcio Atalla, preparador físico.

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