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Vacinação reduz risco de desenvolvimento da Covid longa

Estudo israelense mostra que pessoas vacinadas são menos propensas a ter doença com sintomas persistentes

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 jan 2022, 14h01

Pesquisadores da Universidade Bar-Ilan em Safed, Israel, relataram nesta segunda-feira, 31, que as pessoas que tiveram Covid-19 e tomaram a vacina da Pfizer/BioNTech eram menos propensas a desenvolver a Covid longa do que as não vacinadas. “Aí está outra razão para se vacinar”, diz Michael Edelstein, epidemiologista da Universidade Bar-Ilan e coautor do estudo, que ainda não foi revisado por pares.

Os indivíduos que desenvolvem a Covid longa costumam apresentar sintomas persistentes como fadiga, falta de ar e dificuldade de concentração durante semanas, meses ou anos, após a infecção pelo SARS-CoV-2. Especialistas estimam que até 30% das pessoas infectadas, incluindo as que não foram hospitalizadas, apresentam essa condição. “A Covid longa é uma doença terrível e debilitante. Quaisquer medidas que possamos tomar para evitá-la são fundamentais para limitar mais sofrimento no futuro”, afirma Akiko Iwasaki, imunologista viral da Escola de Medicina de Yale, nos Estados Unidos. “Mais um motivo para se vacinar”, reitera.

Segundo os pesquisadores, a vacinação reduz a longa incidência da Covid-19. Teoricamente, as injeções também protegem contra essa forma da doença, já que minimizam o tempo de circulação do vírus no organismo durante as infecções avançadas. Mas até agora, os poucos estudos que analisaram a proteção das vacinas para a Covid longa apresentaram resultados mistos.

Para examinar os efeitos a longo prazo, entre julho e novembro de 2021, Edelstein e seus colegas perguntaram a mais de 3.000 pessoas se apresentavam os sintomas mais comuns da Covid longa. Os pesquisadores, então, compararam a prevalência de cada sintoma com o status de vacinação autorrelatado e descobriram que os participantes totalmente vacinados, e que também tiveram Covid, eram 54% menos propensos a relatar dores de cabeça, 64% menos propensos a relatar fadiga e 68% menos propensos a relatar dores musculares, do que os seus homólogos não vacinados.

Edelstein diz que o estudo de sua equipe sobre vacinação e Covid longa é o mais “abrangente e preciso” até o momento, e que os resultados ecoam os de outras pesquisas, incluindo um estudo feito no Reino Unido, em setembro do ano passado, que descobriu que a vacinação reduziu pela metade o risco dessa doença. Claire Steves, geriatra do King’s College London que liderou o levantamento no Reino Unido, concorda que os dados israelenses corroboram descobertas anteriores. “É muito bom ver diferentes desenhos de estudos se correlacionando, com os mesmos resultados”, diz. “Embora ambas as pesquisas mostrem que a vacinação reduz o risco de Covid longa, mesmo as pessoas totalmente vacinadas ainda correm o risco de desenvolver a doença”, completa. Mesmo assim, são descobertas encorajadoras e mais um excelente motivo para se vacinar.

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