O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira, 14, que 2,9 milhões de doses chegam ao país entre hoje e amanhã, quinta-feira, 15. Destas, 1 milhão de vacinas serão fornecidas pelo consórcio internacional Covax Facility, 924.000 pela Pfizer e 1 milhão pelo Instituto Butantan.
O Ministério anunciou também que em até 48 horas, mais de 4 milhões da vacina de Oxford-AStraZeneca serão distribuídas aos estados e ao Distrito Federal. Além disso, nesta semana, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Rondônia vão receber doses extra para imunizar a população das cidades de fronteira.
Nos primeiros 14 dias deste mês, a média de aplicação diária de vacinas foi de 1,2 milhão de doses. Para todo o mês de julho, a previsão da pasta é receber 40 milhões de doses. Outras 60 milhões estão previstas para agosto.
Sputnik e Covaxin
Em audiência pública da sessão da comissão de seguridade social e família da Câmara dos Deputados, realizada nesta quarta, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse que o Ministério da Saúde não conta com a Covaxin, vacina desenvolvida pela empresa indiana Bharat Biotech, nem com a Sputnik V, imunizante desenvolvido pelo Instituto Gamaleya, na Rússia, para o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
O contrato de compra da Covaxin está suspenso após denúncia de superfaturamento da compra das doses. Queiroga disse que a pasta avalia o cancelamento do contrato. Já a denúncia está em investigação pela CPI da pandemia.
Por outro lado, a vacina Sputnik V, ainda não obteve autorização da Anvisa para uso emergencial. De acordo com a agência, faltam documentos que comprovem a segurança e outras informações cruciais sobre estudos clínicos e o processo de produção do imunizante. A agência aprovou apenas a importação e aplicação excepcional de um lote do imunizante, sob condições específicas.
“O Ministério da Saúde já adquiriu 600 milhões de doses de vacinas, e não temos necessidade dessas doses adicionais desses dois imunizantes que obtiveram essas licenças de importação”, disse o ministro.
Incorporação ao SUS
Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação das vacinas de Oxford-AstraZeneca, que no Brasil é produzida e distribuída pela Fiocruz, e da Pfizer-BioNTech ao SUS. Estes são os únicos imunizantes que já obtiveram registro definitivo da Anvisa para serem comercializados no país.
Mas, segundo Queiroga, vacinas que possuem autorização para uso emergencial, caso da CoronaVac e da vacina da Janssen, também serão incorporadas.
Confira o avanço da vacinação no Brasil: