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Vacina contra Covid-19 é segura para grávidas, diz novo estudo

Levantamento feito com 35.000 mulheres nos Estados Unidos mostrou que os imunizantes da Pfizer e da Moderna não ofereçam riscos graves durante a gestação

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 abr 2021, 15h57 - Publicado em 22 abr 2021, 16h37

A inclusão de grávidas nas campanhas de vacinação contra a Covid-19 em andamento no mundo todo é assunto controverso devido à falta de estudos que garantam a eficácia e, principalmente, a segurança dos imunizantes neste grupo. Mas um crescente corpo de evidências mostra que sim, as vacinas são seguras – e necessárias – em gestantes.

A mais recente delas, o resultado preliminar de um estudo feito pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), sugere que os imunizantes da Pfizer-BioNTech e da Moderna não oferecem riscos graves durante a gravidez. Esse é o maior estudo já realizado sobre o assunto.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores analisaram dados de 35.000 mulheres que receberam uma das vacinas durante ou imediatamente antes da gravidez, ao longo das 11 primeiras semanas do programa de vacinação dos EUA. Os resultados mostraram que essas mulheres relataram o mesmo padrão geral de efeitos colaterais que as não grávidas, incluindo dor no local da injeção, fadiga, dor de cabeça e muscular.

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No entanto, as grávidas tinham maior probabilidade de relatar dor no local da injeção e menos os outros sintomas. Elas também eram ligeiramente mais propensas a relatar náuseas ou vômitos após a segunda dose.

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Ao longo desse período, 827 participantes haviam finalizado a gravidez. Destas, 86% resultaram em nascidos vivos. O que indica que as taxas de aborto foram consistentes com as relatadas em mulheres grávidas antes da pandemia. O mesmo aconteceu com outros índices, como prematuridade, baixo peso ao nascer e defeitos congênitos.

Apesar dos resultados serem positivos, o estudo tem limitações, incluindo o fato das participantes fazerem parte de um programa de vigilância voluntária. cujos dados são obtidos através de relatos feitos pelas próprias vacinadas. Diante disso, eles alertam para a necessidade de mais pesquisas sobre o assunto.

Ausência de estudos

Inicialmente, as gestantes foram excluídas dos ensaios clínicos das vacinas devido aos possíveis riscos que esses imunizantes poderiam causar não só à mãe, mas também ao feto. Recentemente, diversas empresas anunciaram o início de estudos clínicos específicos neste grupo, mas ainda não existem resultados conclusivos.

Maior risco de quadros graves

O excesso de zelo levou médicos, especialistas e autoridades de saúde a não se sentirem completamente seguros em incluir ou indicar a vacina para gestantes. O problema é que ao longo da pandemia descobriu-se que grávidas correm maior risco de desenvolver quadros graves de Covid-19 em comparação com mulheres da mesma idade que não estão grávidas. Um estudo multinacional recente sugere que mulheres grávidas que contraem a doença correm têm maior probabilidade de morte, internação em UTI, parto prematuro e outras complicações.

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Justamente por isso, o CDC passou a recomendar que as vacinas contra o novo coronavírus sejam disponibilizadas para esse grupo. “As vacinas COVID -19 com diferentes tecnologias atualmente disponíveis no Brasil, ainda não foram testadas em gestantes, puérperas e lactantes, não havendo dados e informações definitivas sobre os seus efeitos nessas populações específicas. Entretanto, em estudos em animais não mostraram ter efeito teratogênico. A urgência em se posicionar sobre essa população, mesmo com ausência de evidências, decorre do maior risco de complicações que as gestantes e seus bebês apresentam quando infectadas pelo vírus. Os efeitos adversos pós vacinação devem ser notificados e monitorados.”, diz uma nota da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) referente a vacinação de gestantes, puérperas e lactantes com Diabetes Mellitus, obesidade ou Hipertensão Arterial Sistêmica.

No Brasil, o Ministério da Saúde emitiu recentemente uma nota técnica na qual recomenda a vacinação em grávidas que tenham comorbidades, como diabetes, hipertensão ou obesidade, tomem a vacina. Entre as gestantes sem comorbidades, a orientação é que avaliem com seus obstetras os benefícios de serem imunizadas.

 

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