Uma aspirina por dia diminui o risco de mortes por câncer
Um extenso estudo mostrou que efeito protetor ocorre principalmente em relação a doenças do trato gastrointestinal
Mais um estudo identificou os benefícios da aspirina em relação ao câncer. Dessa vez, pesquisadores da Sociedade Americana do Câncer concluíram que o remédio, além de reduzir o risco dessa doença e também de problemas cardiovasculares, como outros trabalhos anteriores sugeriram, pode diminuir o número de mortes provocadas pelo câncer. A pesquisa, feita com mais de 100.000 pessoas, foi publicada na edição deste mês do periódico Journal of the National Cancer Institute.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Daily Aspirin Use and Cancer Mortality in a Large US Cohort
Onde foi divulgada: periódico Journal of the National Cancer Institute
Quem fez: Eric Jacobs, Christina Newton, Susan Gapstur e Michael Thun
Instituição: Sociedade Americana do Câncer
Dados de amostragem: 100.139 pessoas com mais de 60 anos
Resultado: Em comparação com pessoas que nunca tomam aspirina, ingerir um remédio por dia reduz o risco de mortes por câncer em 16%, especialmente entre o sexo masculino e em relação a canceres como o de intestino e o de cólon.
Participaram desse estudo homens e mulheres com mais de 60 anos que não eram fumantes. Segundo os resultados, aqueles que disseram tomar uma aspirina ao dia apresentaram um risco 16% menor de morrerem em decorrência de algum câncer em comparação aos participantes que nunca faziam uso do medicamento. O benefício foi maior entre os homens e em relação a cânceres associados ao trato gastrointestinal, como o de cólon e o de estômago.
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Aspirina previne o câncer, afirmam estudos Pesquisa decifra como aspirina pode combater o câncer Aspirina diminui o risco de desenvolver câncer colorretal Os pesquisadores explicam que como os resultados não se baseiam em um ensaio clínico, mas sim em questionários feitos entre os participantes, é possível que, além da aspirina, outros fatores tenham contribuído para esses dados. Mesmo assim, o coordenador do estudo, Michael Tun, acredita que os achados podem favorecer as diretrizes em relação ao uso da aspirina. “As conclusões sobre os efeitos da aspirina em relação à doença são muito encorajadoras, mas, embora os estudos estejam avançados, é preciso ressaltar que ainda estão em andamento”, diz o pesquisador.