Testes com vacina de Oxford são retomados nos EUA
Astrazeneca afirma que espera resultados da eficácia do imunizante ainda este ano
A FDA, agência americana que regula medicamentos e produtos de saúde, autorizou nesta sexta-feira, 23, a retomada dos ensaios clínicos fase 3 da vacina de Oxford. Com a decisão, a última fase de estudos clínicos, que busca comprovar a eficácia e segurança da vacina, finalmente foi reiniciada no mundo inteiro.
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Os testes estavam suspensos nos Estados Unidos desde o início de setembro, quando uma voluntária do Reino Unido apresentou um evento adverso considerado grave. Na época, o estudo foi interrompido no mundo todo, mas pouco tempo depois, Brasil, Reino Unido, Índia, África do Sul e Japão, países que também realizam a análise, autorizaram a retomada. Faltava apenas os Estados Unidos.
“A FDA revisou todos os dados de segurança dos ensaios em todo o mundo e concluiu que era seguro retomar o ensaio”, disse a Astrazeneca, farmacêutica britânica responsável pela produção e distribuição do imunizante, em comunicado.
Paralisações são comuns em testes clínicos de vacinas, pois sempre que um voluntário apresenta algum efeito colateral considerado grave, é preciso avaliar se isso está associado à vacina ou não. Em condições normais, esses tipo de informação nem chega à população, mas durante a pandemia, as atenções – e esperanças – do mundo todo estão voltadas as vacinas contra o novo coronavírus e a de Oxford é uma das mais promissoras e desejadas.
Recentemente, um voluntário do estudo no Brasil morreu em decorrência da Covid-19. Mas, neste caso, o estudo não foi interrompido.
Resultados em breve
Diante da retomada global dos testes, a Astrazeneca afirmou que espera “os resultados dos testes em estágio final ainda este ano, dependendo da taxa de infecção nas comunidades onde os testes clínicos estão sendo conduzidos”.