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Técnica inédita recupera audição de pacientes

Quatro pacientes já foram submetidos à cirurgia para colocar implante de prótese auditiva ancorada no osso. A técnica é inédita no Brasil

Por Da Redação
22 jul 2017, 21h52

Uma técnica cirúrgica inédita no Brasil tem recuperado a audição de pacientes. Quatro já foram submetidos à cirurgia para colocar implante de prótese auditiva ancorada no osso, que é coberta pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os procedimentos foram realizados no Hospital das Clínicas Universidade de São Paulo (USP), no câmpus de Ribeirão Preto, por meio de técnica considerada revolucionária, nascida na Dinamarca e que já é usada em pelo menos 25 países.

“A técnica, minimamente invasiva, é inédita no Brasil e em toda a América Latina. Em até 15 minutos é possível colocar o implante auditivo”, explica o médico otorrinolaringologista Miguel Hyppólito, responsável pelas cirurgias. Segundo ele, a cirurgia é feita em regime ambulatorial, onde o paciente é apenas sedado e tem a possibilidade de ir para casa no mesmo dia.

“Estou muito feliz porque agora vou poder realizar meu sonho de voltar a estudar”, conta Fábio José da Brito, de 33 anos, que nasceu com perda auditiva e foi um dos pacientes operados. Ele diz que tentava estudar, mas não entendia o que a professora falava. Como tinha muita vergonha, isso o fez cursar só o 1.º ano do ensino fundamental. “Agora é grande a expectativa de poder voltar à sala de aula.”

O procedimento consiste em fixar um implante de titânio na calota craniana, atrás da orelha. Podem se beneficiar da novidade pessoas com perda auditiva decorrente de problemas na orelha externa e com surdez média ou unilateral, incluindo, crianças.

O dispositivo transmite o som por condução óssea, em vez da aérea, usada por pessoas com audição normal. Para isso, um processador capta as ondas sonoras, transforma em vibrações e transmite diretamente para o ouvido interno.

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“As pessoas acham que você não está dando atenção a elas. Mas, na verdades, você não entende o que elas falam”, explica a advogada Andrea Cristina Zaninelo, de 34 anos, outra que fez a cirurgia por ter problema de surdez parcial.

Aos 22 anos, ela sofreu uma doença respiratória que afetou a sua audição e, antes de instalar o novo sistema, passou por um teste. “Você passa a ouvir coisas simples que nem imaginava que existiam, como o motor da geladeira.”O médico otorrinolaringologista Hyppólito afirma que em alguns casos o paciente pode ficar com a audição próxima à normalidade. “A audição realmente pode melhorar muito.”

O aparelho é composto por um implante de titânio de 3 ou 4 milímetros, além de um pilar, que fica junto à pele, e um processador de som que se encaixa a ele. O dispositivo pode ser removido para dormir ou tomar banho.

Com Agência Estado

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