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SP inicia teste inédito de vacinação em massa

Megaoperação irá imunizar 30.000 moradores de Serrana para avaliar o impacto da vacina do Butantan na redução de contágio do coronavírus

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 fev 2021, 17h59 - Publicado em 17 fev 2021, 14h07

Começou nesta quarta-feira, 17, a vacinação em massa da população de Serrana, no interior do estado de São Paulo, contra a Covid-19 com o imunizante do Instituto Butantan. A operação é parte de um estudo inédito no mundo que busca avaliar o impacto da estratégia na redução do contágio do coronavírus em uma população.

“O Projeto Serrana é uma das inovações que só poderia ser feita diante de uma epidemia dessas proporções e nós estamos fazendo isso pela primeira vez no mundo”, disse o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes nesta quarta.

A eficácia e a segurança da CoronaVac, vacina desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Butantan, já foram comprovadas no segundo semestre de 2020, em estudo com cerca de 12.500 voluntários em 16 centros de pesquisa brasileiros. Agora, o objetivo é avaliar a eficiência da vacina na diminuição da transmissibilidade do coronavírus.

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Segundo Covas, as principais perguntas que esse estudo vai responder são: A epidemia pode ser controlada pela vacinação em massa? A vacinação impede que o vírus seja transmitido de uma pessoa para outra? Qual o impacto da vacinação na chamada carga de doença (seu impacto no sistema de saúde, em termos de economia, consultas médicas, uso de recursos empregados e liberação dos hospitais para o tratamento das outras doenças)?

“Nós não temos essas respostas. Sabemos que as vacinas protegem contra a doença. Contra a manifestação clínica. Mas nós não sabemos qual é o efeito da vacinação em massa sobre o curso da epidemia. São importantes respostas que nós vamos obter [por meio deste estudo]“, explica o diretor.

Como funciona o estudo

Cerca de 30.000 moradores da cidade, com idade acima de 18 anos, receberão duas doses da vacina, com intervalo de quatro semanas entre elas, em data previamente agendada. A cidade foi dividida em 25 áreas que formam quatro grandes grupos populacionais identificados pelas cores verde, amarela, azul e cinza.

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Os voluntários do grupo verde serão os primeiros a receber a vacina. Após a imunização desta quarta, as demais estão previstas para os dias 24 de fevereiro e 3 e 10 de março. Haverá oito locais de aplicação das doses.

A divisão do município em grupos e o início da vacinação em datas diferente tem como objetivo possibilitar a comparação entre cada grupo antes e depois da vacinação. Somente moradores de Serrana devidamente cadastrados poderão participar da pesquisa clínica. Menores de 18 anos, mulheres grávidas ou que estão amamentando e pessoas que tiveram febre nas 72 horas anteriores não podem participar.

O projeto também testa o uso de ferramentas “que podem ser muito úteis no combate da epidemia”, segundo Covas. Essas ferramentas incluem uma assistente virtual que responde 24 horas por dia, por Whatsapp, dúvidas dos voluntários; além de vários aplicativos de controle da vacinação, de reações adversas, de identificação de sintomas compatíveis com a Covid-19 e de geolocalização para vigilância ativa. “É uma experiência que vai além, no sentido de fornecer ferramentas que podem ser usadas de forma extensiva no Brasil”, ressalta Covas.

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O estudo é financiado integralmente pelo governo do estado de São Paulo, segundo Doria. O governador afirma que foram separadas 60.000 doses da vacina para o estudo, o que não irá impactar na entrega das 100 milhões de doses compradas pelo Ministério da Saúde para o Programa Nacional de Vacinação (PNI).

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