Por Solange Spigliatti
São Paulo – A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo está alertando os viajantes que vão para o exterior sobre o risco de contrair cólera em determinadas regiões, principalmente nos países da África, no Haiti e República Dominicana.
Para evitar que a doença chegue ao Brasil, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria recomenda que os paulistas tenham cuidados ao visitar lugares onde exista o risco da infecção, como beber água potável ou água mineral engarrafada de procedência segura. Também prefira alimentos industrializados, embalados, ou então feitos na hora e servidos quentes.
Países da África do Sul, como Luanda e Somália, estão vivendo epidemias de cólera. Além disso, o Brasil tem suas tropas em missão de paz no Haiti, que também tem casos da doença, assim como mantém convênios de ensino com o país, especialmente de atividades agrícolas para jovens haitianos. A Republica Dominicana, onde há casos de cólera confirmados, também vem sendo muito procurada para turismo.
O cólera é uma doença contagiosa transmitida por meio da ingestão de água ou alimento contaminado por fezes ou vômito de um doente. Provoca fortes diarreias líquidas (com aspecto de “água de arroz”), vômitos, desidratação e cãibras nas pernas. Se excessivamente desidratado, há risco de morte. São mais suscetíveis à doença moradores de locais onde não há saneamento básico.
No Brasil, o cólera foi introduzido em 1991, depois de ter chegado ao litoral do Peru. Uma das suspeitas é que a água de lastro de navios tenha sido a intermediária. A doença atingiu seu pico no Brasil em 1993, quando se notificaram 60.340 casos, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O último caso foi registrado em 2005. No Estado de São Paulo não há registro de casos desde 2000.
Solange Spigliatti