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Sociedade Americana de Urologia muda diretrizes para prevenção de câncer de próstata

Exame de PSA passa a ser recomendado apenas para pacientes entre 55 e 69 anos, desde que não estejam no grupo de maior risco

Por Da Redação
21 Maio 2013, 18h42

A Sociedade Americana de Urologia redefiniu a faixa etária para a qual recomenda o exame PSA (antígeno prostático específico) como forma de prevenir o câncer de próstata. A orientação anterior era de que o homem deveria se submeter ao PSA a partir dos 50 anos. Após uma ampla revisão da literatura médica, que abrangeu pesquisas de 1995 até 2013, a instituição decidiu indicar o procedimento apenas para pacientes de 55 a 69 anos. No caso dos grupos de risco, continua valendo a recomendação do teste a partir dos 40 anos de idade.

A mudança, apresentada em 6 de maio, foi motivada pela conclusão de que o benefício para pacientes fora dessa faixa etária não compensa os riscos do exame. O PSA é considerado um importante marcado do câncer de próstata. No entanto, o exame é muito sensível e pouco específico: detecta muito facilmente alterações no marcador, mas não é capaz de especificar a causa dessa alteração – que muitas vezes não é um câncer.

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PSA

PSA é a sigla em inglês para antígeno prostático específico, uma proteína produzida pelas células da próstata e considerada um importante marcador biológico para determinar o risco de desenvolver o câncer de próstata. O exame de PSA sozinho, no entanto, não é capaz de fornecer informações suficientes para determinar se o paciente tem ou não a doença.

“O PSA pode ser alterado pela hiperplasia benigna da próstata (tumor benigno), infecções da próstata e às vezes até mesmo sem nenhuma razão aparente. Por isso ele não é um marcador muito bom”, explica Joaquim Claro, urologista e coordenador do Centro de Referência da Saúde do Homem, em São Paulo.

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Para descobrir o que causou a alteração do PSA, o paciente precisa ser submetido a uma biópsia retal. Esse procedimento, porém, envolve uma série de riscos, como a possibilidade de sangramentos, complicações em virtude da anestesia e, principalmente, infecções, que podem até levar à morte. “Tem ainda o lado emocional. Se um paciente mais jovem faz o teste e encontra uma alteração, ele pode ficar preocupado e sofrer – e pode ser que não tenha o câncer”, afirma Claro.

Nova diretriz – Foi pesando nesses casos que a Sociedade Americana de Urologia decidiu modificar a recomendação desse exame. Enquanto o número de biópsias com resultado negativo é muito alto no grupo até 54 anos, na faixa entre 55 e 69 anos esse número é menor, justificando a realização do teste de PSA e, consequentemente, da biópsia. A partir dos 70 anos, a Sociedade considera que, dependendo da expectativa de vida do paciente e levando-se em consideração que o câncer de próstata é de evolução lenta, o paciente pode não se beneficiar do tratamento da doença, que pode levar até 20 anos para manifestar sintomas.

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Grupo de risco – A diretriz para uso do PSA não sofreu nenhuma alteração no caso dos grupos de risco para o câncer de próstata, que incluem pacientes com histórico familiar da doença (principalmente pais e irmãos) e negros. Para eles, o PSA é recomendado a partir dos 40 anos.

A diretriz, porém, tem caráter de orientação. O paciente ainda pode exigir a realização do procedimento, alerta Joaquim Claro. “A Sociedade Americana de Urologia é muito rigorosa e respeitada no meio científico, então urologistas do mundo inteiro acabam levando em consideração suas recomendações. Mas é claro que elas não têm força de lei”, explica.

A mudança de diretrizes, porém, não altera em nada a recomendação do exame de toque prostático, que deve ser feito por todos os homens acima dos 50 anos de idade e a partir dos 40 anos para grupos de risco.

*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

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