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Sistema reduz risco de câncer em células-tronco artificiais

Descoberta reduz o que atualmente representa um dos maiores riscos do uso das células-tronco artificiais

Por Da Redação
9 jun 2011, 11h27

Pesquisadores da Universidade de Kioto, no Japão, desenvolveram um novo sistema para criar células-tronco artificiais que reduz o risco de elas se tornarem cancerígenas, informa nesta quinta-feira o jornal econômico local Nikkei. A descoberta, que será publicada na revista científica Nature, abre novas perspectivas na medicina regenerativa ao reduzir o que atualmente representa um dos maiores riscos do uso das células-tronco artificiais neste campo.

A pesquisa foi realizada por uma equipe de pesquisadores que inclui Shinya Yamanaka, médico especialista em cirurgia ortopédica, em colaboração com o Instituto Nacional de Ciência Industrial e Tecnologia Avançada (AIST) do Japão. Em 2006, Yamanaka conseguiu gerar as chamadas células-tronco pluripotentes induzidas – ou células iPS (sigla em inglês) – que possuem a capacidade de se transformar em qualquer tipo celular especializado, uma descoberta que lhe valeu vários reconhecimentos, entre eles o Prêmio Shaw.

Até a divulgação do trabalho de Yamanaka, os pesquisadores achavam que esta habilidade era exclusiva das células-tronco embrionárias. O problema, no entanto, era que as células iPS tornavam-se cancerígenas em muitas situações após se desenvolverem em diferentes tipos de tecidos – o que representava um empecilho para seu uso na medicina regenerativa.

A nova descoberta foi feita depois que os cientistas revisaram mais de 1.400 genes com a ajuda da base de dados do AIST para substituir o fator que associava as células iPS ao câncer. Dessa forma, eles encontraram o chamado Glis1, definido pelo próprio Yamanaka como “o gene mágico”. “Esse foi um grande passo adiante para as aplicações clínicas”, disse Yamanaka. Além de reduzir o risco de câncer, o Glis1 pode gerar células iPS de um modo dez vezes mais eficiente que antes.

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Os cientistas acreditam que as células iPS possam se desenvolver em tecidos humanos e órgãos, o que daria um grande impulso à ciência regenerativa. No entanto, os pesquisadores indicaram que, embora o risco diminua, outros genes que intervêm no processo podem provocar câncer. Por isso, as pesquisas que buscam reduzir tais riscos devem continuar.

(Com agência EFE)

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