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Sexo é porta de entrada para conexão emocional, aponta estudo

Segundo especialistas, homens e mulheres buscam se conectar emocionalmente com um parceiro em potencial quando há desejo sexual

Por Redação
11 jan 2019, 18h04

É muito comum que uma pessoa tenha relações sexuais antes de estar em um relacionamento sério ou antes mesmo considerar essa possibilidade. Mas a verdade é que, nas relações modernas, o desejo sexual é a porta de entrada para os vínculos emocionais, segundo aponta um novo estudo.

“O sexo pode preparar o terreno para o aprofundamento da conexão emocional entre estranhos”, explicou Gurit Birnbaum, principal autor da pesquisa, ao Daily Mail. Os resultados também mostraram que a atração sexual permite a construção de relacionamentos mais profundos, independente do gênero; ou seja, tanto homens quanto mulheres buscam se conectar emocionalmente com um parceiro em potencial quando a libido se manifesta.

“Alguns acreditam que homens são mais propensos a iniciar relacionamentos quando excitados. Mas quando observamos as estratégias utilizadas para iniciar relações mais sutis, percebemos que esse padrão não é verdadeiro. Ambos os sexos buscam uma conexão quando o desejo vem”, disse Birnbaum. Segundo os pesquisadores, isso acontece porque o desejo entre estranhos estimula comportamentos capazes de permitir a conexão física, que mais tarde pode se tornar emocional.

O estudo

O estudo, realizado pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, e pelo Centro Interdisciplinar de Herzliya, em Israel, foi conduzido em quatro fases que envolviam se encontrar pessoalmente, dançar e observar imagens eróticas. Na primeira parte, os participantes de ambos os sexos foram apresentados a um parceiro em potencial e orientados a sentar perto de algumas pessoas – elas também participavam do estudo, mas os primeiros participantes não estavam cientes disso. 

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Quando ao lado de um indivíduo que consideravam atraente, os voluntários dublavam uma música gravada anteriormente. Depois, eles precisavam classificar o nível de desejo em relação a cada indivíduo. Os resultados mostraram que quanto maior era a atração, mais eles demonstravam sinais de interesse e mais entravam em sintonia com o outro.

Na segunda parte, homens e mulheres tiveram que dançar uma música romântica com indivíduos do sexo oposto que faziam da equipe de pesquisa. A avaliação da intensidade de atração apresentou desfecho semelhante à primeira fase.

Para a terceira investigação, os participantes observaram imagens eróticas e não pornográficas que eram apresentadas em uma tela por 30 milissegundos – tempo que os pesquisadores dizem não ser suficiente para criar uma consciência da imagem. A partir daí, eles foram estimulados a discutir dilemas interpessoais com um parceiro em potencial (que também participava do estudo).

Essa discussão foi gravada e a equipe pontuou os níveis de resposta e carinho demonstradas pelos voluntários. Os cientistas descobriram que quando o sistema sexual era ativado – ou seja, havia atração envolvida na conversa -, as pessoas mostravam-se preocupadas com o bem-estar do parceiro em potencial, o que demonstra o interesse em um relacionamento.

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A última fase envolveu 50 homens e 50 mulheres: uma parte deles assistiu uma cena de filme erótico sem pornografia, enquanto os outros assistiram a um vídeo sobre as florestas tropicais da América do Sul. Depois disso, eles foram agrupados com um membro da equipe considerado atraente e orientados a responder um questionário verbal.

Quando o membro da equipe fingiu estar com problemas para responder uma das perguntas, os participantes que assistiram ao filme erótico pareceram mais interessados em ajudar em comparação com aqueles que viram o documentário. 

Sexo e romance

De acordo com Harry Reis, co-autor do estudo, embora o impulso sexual e a conexão emocional sejam sentimentos distintos, processos evolucionários e sociais podem ter permitido que os seres humanos fossem mais propensos a se envolverem romanticamente com parceiros pelos quais estão sexualmente atraídos. “É o desejo sexual que mantém os parceiros juntos por tempo suficiente para que uma ligação de apego se forme”, concluiu Gurit Birnbaum.

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