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Sêmen de proveta

Por Da Redação
10 jul 2009, 21h45

Na semana passada, um grupo de cientistas da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, liderado pelo biólogo iraniano Karim Nayernia, anunciou uma nova utilização para as células-tronco embrionárias na medicina. Com elas, a equipe conseguiu criar esperma humano em laboratório. No experimento, células-tronco masculinas deram origem a células progenitoras do espermatozóide com conteúdo genético completo, ou seja, 46 cromossomos.

Após um processo de maturação e meiose, a divisão característica da formação de células sexuais, cada célula deu origem a dois espermatozóides com 23 cromossomos. Os espermatozóides são idênticos aos criados naturalmente pelo sistema reprodutor masculino, com cabeça, cauda e proteínas capazes de ativar um óvulo durante a fertilização.

O anúncio do sêmen criado em laboratório levanta evidentes questões éticas. Caso ele seja usado para fecundar um óvulo, a criança resultante não terá um pai. Sua linhagem genética, do lado masculino, será herdada do embrião cujas células-tronco foram utilizadas para produzir espermatozóides. O biólogo Nayernia se apressa em esclarecer que o objetivo de seu estudo não é criar seres humanos em laboratório, mas desenvolver linhas de pesquisa para curar a infertilidade masculina. “Nosso estudo se destina a decifrar em detalhes como o esperma se forma e, dessa forma, entender por que alguns homens são inférteis”, escreve ele no relatório da pesquisa.

No Brasil, as pesquisas com células-tronco embrionárias foram liberadas no ano passado. O biólogo iraniano já foi vítima do preconceito contra seu uso nos laboratórios. Durante dez anos, no início de sua pesquisa sobre o sêmen artificial, ele trabalhou na Georg-August University, em Gottingen, na Alemanha. Era obrigado a usar células embrionárias de ratos porque as leis alemãs proíbem experimentos com embriões humanos. Há três anos Nayernia decidiu se mudar para a Inglaterra, onde não há essa restrição, para dar continuidade aos estudos. Com a publicação da pesquisa, seus esforços foram recompensados.

Leia a reportagem completa em VEJA desta semana (na íntegra somente para assinantes).

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