Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Saúde segura lotes de remédio para doença de Gaucher

Por Da Redação
19 abr 2012, 14h12

Por Lígia Formenti

Brasília – Enquanto pacientes com doença de Gaucher dizem sofrer efeitos do racionamento de medicação, o Ministério da Saúde tem em seus estoques R$ 29,4 milhões de uma droga usada no tratamento cuja data de validade vence em julho e ainda não definiu o que será feito com os lotes.

O remédio, taliglucerase alfa, foi comprado em 2010 e é usado atualmente por 60 dos 611 pacientes cadastrados na pasta.

A maior parte dos frascos (19,1 mil) vence em maio. “No mínimo, é uma estranha lógica para lidar com estoques”, afirma o presidente da Associação Nacional dos Portadores da Doença de Gaucher e Outras Doenças Raras, Pedro Stelian. A dúvida está entre apenas trocar por outros medicamentos ou receber o dinheiro de volta. “Enquanto a discussão se arrasta, maior a preocupação dos pacientes”, avalia.

Continua após a publicidade

O diretor substituto do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, Rodrigo Fernandes Alexandre, não explicou as razões da polêmica. “No primeiro momento, o que se imagina mesmo é a troca pelo mesmo remédio, com outra data de validade.” Ele garante que a decisão não trará prejuízo para o governo, mas não explica o que fazer, por exemplo, se o dinheiro for devolvido e uma nova compra tiver de ser feita, por um preço unitário da droga maior. “Tudo isso está em discussão.”

O remédio foi comprado numa operação emergencial após a Genzyme – fornecedora do único medicamento para a doença naquela época, a imiglucerase – ter alterado a grade de distribuição por causa de uma contaminação na produção. A taliglucerase é considerada experimental.

Para que a compra fosse realizada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisou emitir uma licença de importação emergencial. Foram comprados na época 54,4 mil frascos, ao custo de R$ 52,47 milhões.

Continua após a publicidade

“A licença valia para aquele lote”, disse o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano. Se uma nova leva do remédio tiver de vir para o País, será preciso nova licença. “Não será automática. Naquela época, havia uma emergência.”

Nesta quarta, o Estado mostrou que o ministério alterou o protocolo para tratamento da doença, um problema genético raro que pode levar à morte. Depois de a fornecedora do remédio usado pela maior parte dos pacientes, o imiglucerase, informar que só atenderia a 50% da demanda, o governo – com a anuência de médicos e gestores -, fez um novo protocolo. A imiglucerase ficou reservada para casos mais graves. Aqueles em melhores condições deveriam ter a dose reduzida, trocar o remédio ou migrar para uma droga experimental. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Lígia Formenti

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.