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Ministério da Saúde ampliará testagem no MA para criar barreira sanitária

600 mil testes chegam em São Luís neste domingo, após identificação da variante indiana; 2,4 milhões de testes serão enviados a outros estados

Por Larissa Quintino, Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 Maio 2021, 23h12 - Publicado em 22 Maio 2021, 20h18

O Ministério da Saúde anunciou neste sábado, 22, a distribuição de 3 milhões de testes rápidos para a identificação de casos de Covid-19, priorizando a distribuição para o Maranhão, estado que detectou casos positivos da cepa indiana do coronavírus. Desses testes, 600 mil serão enviados neste domingo para para São Luís, capital do estado, e o restante distribuídos para o restante do país, principalmente em regiões de fronteira e cidades com aeroportos internacionais.

A medida, anunciada pelo ministro Marcelo Queiroga faz parte de uma política de monitoramento da cepa indiana. A variante é classificada como “preocupação global” pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por se mostrar mais transmissível. “São 600 mil unidades de teste rápido para o Maranhão, para que faça um bloqueio de passageirosnos aeroportos e nas fronteiras. Qualquer passageiro que tiver um teste rápido positivo fará RT-PCR com a pesquisa genômica, no intuito de detectarmos a variante indiana”, afirmou o ministro Marcelo Queiroga.

Com a ampliação da testagem, o objetivo do Ministério da Saúde tentar reduzir a circulação da nova cepa, que segundo o ministro, ainda não tem indícios de transmissão comunitária. Os testes devem ser aplicados em São Luís em passageiros presentes em rodoviárias, portos e no aeroporto. A ação é definida como busca ativa de pacientes sintomáticos e assintomáticos. Com isso, o governo deve criar uma barreira sanitária aos infectados.

Quem for diagnosticado com a Covid-19 será encaminhado para novas testagens a fim de determinar a variante infecciosa. “Qualquer passageiro que tiver teste rápido positivo fará RT-PCR com a pesquisa também genômica no intuito de detectarmos a possibilidade da variante indiana. Estamos atentos também a possíveis casos que podem surgir em outros estados, e a conduta será a mesma”, explicou Queiroga.

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Os identificados com Covid-19 devem passar por isolamento, mas o governo não especificou como deverá ser cumprido o protocolo. As pessoas que tiveram contato com o infectado até 48 horas antes da detecção também serão monitoradas.

O pacote de medidas foi anunciado após uma reuião com o Secretário Municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, o Prefeito de Guarulhos, Gustavo Costa (PSD) e uma posterior com o Secretário de Saúde da prefeitura do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, para discutir as barreiras sanitárias. As medidas foram anunciadas após a piora do estado clínico de um tripulante com Covid-19 do navio chinês MV Shandong da Zhi, ancorado a 50 quilômetros da costa do Maranhão. A equipe médica do hospital da rede privada onde o indiano de 54 anos está internado desde o dia 14, em São Luís, precisou intubá-lo.

Segundo o ministro da Saúde, a Secretaria de Vigilância em Saúde foi deslocada para São Luís a fim de monitorar a situação dos tripulantes em isolamento e do paciente em estado grave. Dos 24 tripulantes do navio, 15 testaram positivo para Covid-19 e 9 tiveram o diagnóstico negativo. Das seis amostras com maior carga viral, todas apresentaram resultado positivo para a cepa indiana. A Vigilância Sanitária Estadual também notificou a proibição de o navio atracar na área portuária.

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Queiroga disse que se reuniu na manhã do sábado com os secretários de Saúde de São Paulo e Rio de Janeiro e com o prefeito de Guarulhos, onde fica o Aeroporto Internacional de Cumbica, para reforçar ações de monitoramento do vírus. Segundo o secretário Executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Otávio da Cruz, as restrições para viajantes oriundos da Índia e da Inglaterra continuam.

Maranhão

Na noite de sábado, o governador do Maranhão, Flávio Dino, afirmou que foi “surpreendido” com as medidas do Ministério da Saúde e que ficou sabendo dos destes pela coletiva do ministro. “Nos surpreendeu, mas é uma medida que vai na direção correta. Somos a favor da ampla testagem e já iremos nos reunir para tratar uma estratégia sobre a aplicação dos testes”, disse,  em entrevista a GloboNews

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