Por Mariana Lenharo
São Paulo – A vacinação contra a gripe é apontada como a principal forma de se proteger do vírus H1N1. Por isso, segundo o infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, quem ainda não se imunizou deve tomar a dose o quanto antes, já que a circulação do vírus pode se intensificar no decorrer do inverno.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, apesar do incentivo governamental, teve uma cobertura insuficiente em São Paulo: apenas 73,22% do público-alvo foi imunizado no Estado, que teve uma das adesões mais baixas do País – ficou atrás apenas de Roraima, com 61,68%.
Já no País, a meta de vacinar 80% do público-alvo foi atingida. Estão incluídos entre os grupos mais vulneráveis crianças maiores de seis meses e menores de dois anos, idosos, grávidas, indígenas e profissionais da saúde.
Além das populações contempladas pela campanha, também devem receber a dose contra a gripe pacientes imunodeprimidos (pessoas com câncer, HIV ou transplantadas) e portadores de doenças crônicas pulmonares e cardíacas, assim como os diabéticos.
A baixa adesão à vacina é atribuída por Gorinchteyn ao medo que muitas pessoas têm de adoecer após tomarem a dose. “A vacina da gripe é feita a partir de um fragmento viral, e não de um vírus vivo atenuado. Assim, podem surgir alguns sintomas muito sutis, que lembram um quadro gripal mais abrandado, mas muito distante do que seria se tivesse ali um vírus realmente vivo”, explicou.
Mariana Lenharo