São Paulo desobriga uso de máscaras em locais fechados
O governador João Doria assinou decreto nesta quinta-feira e medida vale a partir de agora; uso continua obrigatório em hospitais e transporte público
A partir desta quinta-feira (17), o uso de máscaras em locais fechados não é mais obrigatório no Estado de São Paulo. O governador João Doria assinou um decreto e a medida passa a valer imediatamente. As máscaras continuarão obrigatórias em hospitais e unidades de saúde e também no transporte público, incluindo ônibus, trens e metrô, e nas áreas de acesso, como estações.
“Recebi hoje à tarde uma nota técnica do Comitê Científico que demonstra uma melhora consistente na situação epidemiológica no Estado. Por isso decidi, com respaldo desses cientistas e médicos, abolir imediatamente a obrigatoriedade do uso de máscara em todos os ambientes, com exceção de unidades de saúde, hospitais e transporte público”, disse Doria.
De acordo com o Comitê Científico do Coronavírus de São Paulo, 90% da população elegível, ou seja, acima de 5 anos, já está vacinada com ao menos duas doses dos imunizantes disponíveis. Por conta do avanço da vacinação e da queda na taxa de internações provocadas pela doença, o governador já havia derrubado a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos no dia 9 de março.
A possibilidade da liberação total já vinha sendo discutida há algumas semanas, mas ganhou força depois que outras cidades se adiantaram. O Rio de Janeiro foi a primeira capital a desobrigar totalmente o uso de máscaras. Outros Estados, como Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal, também tornaram o uso facultativo.
Nas discussões mantidas até agora, há uma controvérsia em relação à liberação do uso das máscaras por crianças. Isso porque a imunização de meninos e meninas de cinco a onze anos ainda não alcançou o esperado. Por enquanto, apenas 70% da população alvo recebeu apenas uma dose, quando o índice indicado é de 80%.
Embora o uso das máscaras não seja mais obrigatório, especialistas da área de saúde reforçam que elas continuam representando a forma mais eficaz de evitar a contaminação.