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Saiba por que você deveria aderir ao ‘jejum tecnológico’

Passar tempo demais em dispositivos eletrônicos prejudica a saúde. Veja como incluir um detox digital nas resoluções de ano novo

Por Redação
Atualizado em 2 jan 2019, 19h40 - Publicado em 2 jan 2019, 19h28

Um levantamento realizado pela empresa de dados GlobalWbIndex mostrou que os usuários da internet gastam em média seis horas e meia por dia online (um terço delas, apenas nas redes sociais). No caso do Brasil, este número sobe para nove horas diárias. Por mais que o uso de dispositivos eletrônicos – como smatphones, tablets e computadores – seja necessário no dia a dia, tanto tempo dedicado a eles pode interferir na saúde mental e física. Por isso é importante considerar como, quando e por quanto tempo utilizá-los para evitar problemas graves, segundo informações da BBC.

“O uso da tecnologia precisa levar em conta todas as nossas necessidades básicas. Nós precisamos dormir oito ou nove horas por noite, fazer exercícios físicos diários, nos movimentar, nos alongar, sair e tomar alguma luz natural. Se você estiver fazendo isso [usando a tecnologia] em detrimento de outras atividades humanas básicas, então você tem um problema”, disse Shimi Kang, especialista em saúde mental de crianças e adolescentes.

Se você é uma das pessoas que não desgruda do celular nem para ir ao banheiro, talvez seja uma boa ideia incluir o jejum tecnológico nas suas resoluções de ano novo.

Jejum tecnológico

Para manter um peso adequado e uma boa saúde é necessário restringir a quantidade de alimentos prejudiciais à saúde. O mesmo vale para o consumo de tecnologia.  O “jejum” ou “desintoxicação digital completa” pode ser feito com a desativação de alguma conta de rede social ou mesmo com a exclusão de aplicativos para reduzir o tempo gasto online.

Essas pequenas ações podem melhorar a relação com a tecnologia e evitar riscos de saúde física e mental, assim como liberam a agenda para tarefas mais relevantes e saudáveis, como sair com os amigos e se exercitar. De acordo com a GlobalWebIndex, sete em cada dez usuários de internet no Reino Unido e nos Estados Unidos dizem já ter adotado alguma dessas estratégias.

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O jornalista David Allan, diretor editorial da CNN Health and Wellness, criou algumas resoluções mensais  – realizadas ao longo de 2018 – que incluíam diminuir o uso de alguma rede social ou passar o mês inteiro sem utilizá-la. Segundo ele, essas atitudes o ajudaram a descobrir novas atividades, além de ter mostrado que é possível aproveitar as mídias sociais sem necessariamente gastar diversas horas por dia.

Tecnologia tóxica

Além do tempo excessivo dedicado à tecnologia, conteúdos tóxicos também atuam de forma negativa no organismo. Para Shimi, atividades que envolvam pornografia, videogames viciantes, cyberbullying e discursos de ódio podem ser prejudicais para a saúde mental de crianças, adolescentes e adultos.

Outro ponto destacado por ela é a necessidade de reconhecer que a maneira como nos relacionamos com a internet e as redes sociais realmente pode ter efeito prejudicial na nossa vida. Quando este primeiro passo é dado, é importante fazer uma reavaliação que estabeleça uma relação mais saudável e moderada com a tecnologia.

“Se sua família tem pessoas com histórico de vícios, ansiedade, depressão ou problemas de administração do tempo, por exemplo, é melhor tomar cuidado, porque você tem mais chances de se converter em um dependente de tecnologia tóxica”, alertou. No caso dos adolescentes, essa recomendação é ainda mais significativa, pois eles estão muito mais propensos a desenvolver problemas online.

Muitos acreditam que a criação das redes sociais ajudou a quebrar as fronteiras e tornou mais fácil ficar mais próximo de pessoas queridas. No entanto, essa sensação de proximidade pode não ser tão verdadeira quanto se pensava. Estudo publicado em 2017 na revista American Journal of Preventive Medicine mostrou que o acesso prolongado as redes sociais como Facebook, Twitter, Snapchat e Instagram aumenta a probabilidade de alguém se sentir isolado. Isso acontece porque quanto mais tempo passamos online, menos tempo temos para dedicar às interações no mundo real.

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Além disso, a “vida perfeita” das pessoas que seguimos pode despertar sentimentos de exclusão, como inveja, ou fazer com que nos sintamos inferiores por não ter uma vida preenchida com viagens e festas. Outro problema muito comum provocado por essas mídias é o agravamento da dismorfia corporal – doença mental caracterizada pela obsessão com a aparência perfeita que leva o indivíduo a enxergar inúmeros defeitos em si mesmo. Por esses e outros fatores, a recomendação é o uso de redes sociais não ultrapasse duas horas diárias.

Tudo tem seu lado positivo

Calma. A gente sabe que a tecnologia também tem seu lado positivo. O problema, na verdade, não são os dispositivos nem as redes sociais e sim, a forma como os utilizamos. Quando usamos a tecnologia de forma saudável – aplicativos de meditação, criatividade e para nos conectarmos com outras pessoas – o cérebro metaboliza serotonina, endorfina e ocitocina, hormônios associados ao prazer e à felicidade.

Vale ressaltar que, mesmo nessas atividades positivas, o excesso de tempo também pode ser prejudicial “Digamos que exista um aplicativo de criatividade e seu filho ame fazer vídeos com ele. O problema é que as pessoas passam seis, sete horas por dia fazendo isso. Um aplicativo como Candy Crush não seria uma coisa ruim porque liberaria dopamina. Mas você precisaria tomar cuidado para não passar dos limites”, orientou Shimi.

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